Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mãe longe de ti choro com vontade de te abraçar!!!







Mãe longe de ti choro
com vontade de te abraçar,
saltar para o teu colo
e ouvir-te o meu choro ninar.

Mãe não quero só entregar-te a minha dor
mas falar-te do que sinto nesta tarde
no teu colo me quero abrigar e encher-te de amor
para que sintas como o meu coração de amor arde.

Mãe és colo que sacia o meu grito
lembras-te quando doente corrias
eras tu que me cuidavas e gemias
hoje doente te toco em Espírito.

Sinto a tua falta de quando a varicela ardia
e tu sopravas e te afligias em cuidados
hoje estou aqui no leito mas em todo o dia
me recordo com rigor dos teus olhos esbugalhados.

O Deus que acredito mãe, estava em todo o cuidado
e nos bons pensamentos que sempre cultivei
lembras quando fui descalça para casa no passado?
ficaste zangada pois foi este amor que abracei.

toda a boa semente lançada, ás nossas mãos vem
em frutos apetitosos, hoje sou amada e querida
que saibas que quando te zangavas neste vaivém
a minha alma não parava e ando tão envolvida.

E da minha dor fico alheada,porque vejo olhos pequeninos querendo colo e pão, e uma palavra
de conforto grita de dentro de mim aos molhos
quando sacio a dor dos outros a minha lavra.

Na terra da doação uma canção de ninar
um colo que carrega a entrega plena de se importar
com a dor que dilacera o coração e sabe esperar
o veredicto final das mãos do criador e acalmar.

Mãe no meu poema encontrei o colo que me aqueceu
neste entardecer aonde fui inspirada para te dizer
que me lembro mãe do amor que me embalou e acolheu
nas noites que não dormiste para me suster

Tenho gratidão mãe querida, pelos cuidados
pelos conselhos, pelas palmadas pelo amor
com que me ensinaste a lançar os dados
para vencer nas malhas da vida com temor.

Mas sabes bem que foi na dor que cresci
e foi nela que aprendi, a ser gigante
doei-me aos outros esqueci-me de mim e venci
e foi assim que me tornei forte e brilhante.

Obrigado por me ouvires mãe, não te posso tocar
mas no pensamento te agasalho e te acaricio
porque saber tocar,abraçar, sentir e cuidar
não precisa de presença basta fazê-lo no silêncio.

Amo-te mãe és o meu sopro, sopra-me as melodias
da infância e dormitarei, nos verdes pastos
verei o comboio passar, tinha medo todos os dias
ele vinha com força e eu chorava em prantos.

Sabes mãe, já não tenho medo, eles foram
nos buracos das dores que se dissiparam
e é nelas que todos os sonhos se aprimoram
porque um dia vamos habitar no céu que preparam.

Acredito que as dores do mundo são feitas
pelo poder e pelo egoísmo do homem
tu sabes que eu sou feliz mãe sempre me espreitas
vou-me embora enquanto todos dormem.

Talvez o mundo tenha adormecido por um instante
adormeceram as suas dores e que seja diferente
a cada dia o seu viver, que seja constante
todos sofremos mas temos que ir em frente!

Beijo.te mãe e beijo o mundo num abraço profundo!


Por: Alice Barros


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