O amor saiu e encontrou-se com o orgulho
ele trazia um saco cheio de vários presentes
quis convencer o amor, e começou a fazer barulho
o amor descontente,disse: que presentes carentes!
Enquanto o orgulho empunhava os seus presentes
o amor sofria e a Deus clamava por vitória
o orgulho não percebia que estavam doentes
os seus presentes,carregados de escória.
O amor ao desembrulhá-los vertia lágrimas de dor
o orgulho levantou-se com soberba e agressivo
quis o amor enxovalhar e empurrou-o sem temor
o amor levantou-se com ardor e vertia compassivo.
Quando desembrulhou a mentira logo se entristeceu
porque ela trazia a agonia e estava imunda
correu a calá-la com as palavras caídas do céu,
mas o Pai da mentira veio com tamanha barafunda.
O Amor desembrulhou a falta de perdão
e logo correu e abraçou o orgulho
ele atirou-o ao chão parecia um furação
mas o amor disse: calma, pouco barulho.
O amor continuava a desembrulhar os presentes
mal saiu a contenda começou logo a alastrar
mas o amor mansamente humilde e simples
falou da beleza das flores para o poder acalmar.
A inveja saltou do pacote e começou a falar
quero a tua alma, para a poder enterrar
mas o amor tão valente começou a cantar
e com a voz do Espírito começou a derramar.
O ódio saltou com fúria e esbracejava
fecundo pela ira, ressentido e encardido
o amor quis matar mas um anjo desceu com espada
e o ódio caiu por terra e ali ficou aturdido.
O amor em oração levantou a voz ao céu
o orgulho sucumbiu ao ver cada presente rejeitado
caiu por terra, desceu um fogo vindo do céu
a ordem instalou-se e o mundo ficou maravilhado.
Por: Alice Barros
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