Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vertendo o meu sangue




Olhei
para a ponte,
tão alva, branca
convidava-me
a passar por ela
era um apelo.

No caminho encontrei
tantas tempestades,
dores, perdas, doença,
desilusões, e o meu sangue
quente, pulsava e caía.

Deixei o peito aberto,
feriram-me tantas vezes
as fases da vida...

Que como uma lua, minguava
crescia e se enchia de vida.

Fui derramando,
vertendo o meu sangue
para à ponte poder me achegar.

O meu sangue vertido,
estava agora além de aquecido
mais fortalecido, corria,
gemia, pulava, saltava de alegria,
vencia uma a uma, todas as provas.

Foi semente que à terra lançada
floresceu, vestiu de carmesim
todas as flores pintando-as
explodindo de vermelho pelo ar...

Era a vida estendendo-me um tapete vermelho
para na ponte poder passar.

Alice Barros


Sem comentários:

Enviar um comentário