Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

sábado, 13 de novembro de 2010

Da precipitação ao precipício!





Da precipitação ao precipício!

Caminhas de olhos fechados
tremes ao sabor da emoção
não enxergas além,
apenas te vês
gritas os teus pensamentos
já ninguém te ouve
quando apenas o que gritaste
ressoou num eco mudo dentro de ti.
Perseguiste fantasmas que te torturam,
Fazes-lhes um banquete com os teus acessos
a insegurança, a ira, a insensatez,
o barómetro da tua medida tão injusta
caiu no lodo do esquecimento.
Ainda não te viste, nem te sentiste
não te encontraste na triste certeza
que em ti criaste, vives na prisão
da tua razão, inflamas-te quando
te estendem a mão, e deixas cair
a razão do outro para te afundares
nesse eco louco que nasce e morre
em ti, porque nada mais existe
senão o teu eco cambaleante
á deriva no cais da tua dor,
e agora gemes e não acordas
porque te amas assim
porque te apaixonaste
pelos teus sentidos
erróneos, que te levam
á perdição e vagueias
nos mares revoltos
da perseguição
que te fazes
e sempre te encontras
na perseguição dos outros
quando há muito,
já se cansaram de ti.

Alice Barros



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