Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Como é bom pertencer-te!





Como posso meu amor, não sentir dor?
São perdas tão significantes
que vão para além do brilho do sol
e das estrelas.

Sabes que o nosso amor faz todo o sentido
pois sempre estarei contigo,
porque é a ti que tenho sempre amado
ao longo dos anos querido,
e é a tua mão que tenho segurado
todos os dias da minha vida.
Mesmo que não cesse esta dor
e a vida se for, para sempre direi
que te amo meu amor!

Tantos sonhos vivemos em dias tão belos
e por todos os cantos, o nosso amor foi
vivido e testemunhado, cai agora meu amor
a seiva que brota das pétalas que trago
no jardim dos meus olhos e é com ela
que faço a essência que te perfuma
e inebria noite e dia.

É uma realidade dilacerante
dói tanto meu amor, mas o que mais me dói
é a desunião, a falta de amor e de perdão,
os enganos e as emoções vãs, gastas pela falta
de sabedoria, enquanto eu e tantos outros
meu amor, padecemos nesta agonia imerecida
sem termos andado aos encontrões nesta vida.


É tudo tão arrepiante meu amor, mas sabes
que nada é inconstante, nesta forma de querer
que para mim é tão gigante e só te quer
apenas dizer como é bom pertencer-te.

Queria tanto meu amor, ser o céu a derramar
um bálsamo sobre todas as dores
curar todas as doenças, sem esquecer também
as do amor, mas dar sempre preferência,
aos que padecem de dor na impotência.

Ergo um estandarte, e as palavras
que ao vento esvoaçam são de paz, amor,
resistência e coragem. Da fé, verto o agasalho
que nesta vida me cobre a esperança
dos dias que carrego a meditar
nas misericórdias que pela graça derramadas
e são o motivo de não me consumir.

Viajo acima das tempestades, neste mar
que me abre os braços da vida,
olho forte e firme o horizonte
e nele encontro o teu rosto
desenhado e é assim que encontro guarida.

Alice Barros


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