Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

sábado, 17 de julho de 2010

Ah! o amor...










O amor está enraizado numa decisão livre
que se toma e ela deve ser sempre feita
de reciprocidade para que possa crescer.
O amor é doseado, vem com a serenidade,
já a paixão, ela vem como um furação
por isso passa, mas o amor constrói-se
dia a dia, com dor, alegria e harmonia.

O amor não se constrói
na euforia desenfreada
também não surge do nada,
ele vem de mansinho
e trabalha dia a dia
no nosso interior,
como uma canção
vai ninando o coração,
com jeitinho,
vai construindo o ninho,
bem devagarinho, sentindo.

Ele só chega a ser profundo,
quando os ponteiros se acertam
e juntos partem à descoberta
um do outro, num voo livre
de amarras e de cima vão
vendo o coração e sentindo
com emoção, que é lindo amar,
quando se aprende a soltar os nós
que os prendem e os sufocam
e vão ressurgindo.

No caminho o vento sopra,
mas o amor acalma as tempestades
e um ao outro vão mostrando
o lugar privilegiado
que na vida ele ocupa.

As dificuldades
fortalecem o amor,
elas o agigantam,
quando os acontecimentos
são geridos a dois e partilhados
isso leva o amor,
a uma maior intimidade,
pelo facto de se voltarem
mais um para o outro
sobrevoando as tempestades
submergindo-as.

Para mim que sou cristã,
a fonte de amor
que modela a minha vida
é o amor de Deus
na busca da perfeição
corremos o risco
de nos perdermos
na desilusão,
por isso sei
que Ele me ama
mesmo antes de O ter amado,
e por sua vez Ele ama-me
mesmo quando não sou amada;
não será Ele o amor,
que nós procuramos
uns nos outros?

Por: Alice Barros