Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Espírito Santo no Propósito de Deus



O Espírito Santo possui todas as características de uma pessoa e é um dos membros da divindade. Mal se começa a ler a Bíblia e já se percebe que o Espírito está associado com Deus e é um ser poderoso. O Pai, o Filho e o Espírito Santo desempenharam, cada um, um papel na criação (Gênesis 1:1-2; João 1:1-3; Colossenses 1:16).

Uma das funções principais do Espírito Santo no projeto divino de redenção é a obra de revelar e confirmar a mensagem de Deus ao homem. Sem a obra do Espírito, não seria possível que o homem se salvasse. O que o homem pode aprender com Deus na criação material é importante, mas é muito limitado; jamais alguém poderia saber a vontade de Deus apenas observando a criação (Romanos 1:18-20). No restante deste artigo resumiremos a obra do Espírito Santo na revelação e na confirmação da Palavra de Deus ao homem.

O Espírito Santo e o Antigo Testamento

Pedro informa-nos que a mensagem dos profetas do Antigo Testamento não teve origem nos próprios homens. Os homens, segundo ele, foram "movidos pelo Espírito Santo" para falar (2 Pedro 1:20-21). Os profetas do Antigo Testamento foram movidos, orientados ou levados pelo Espírito Santo para dizerem exatamente o que Deus queria que dissessem e no exato momento que ele desejava. Vários textos no Antigo Testamento declaram que o Espírito Santo participou ativamente na revelação da vontade de Deus naquela época. Davi disse: "O Espírito do Senhor fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua" (2 Samuel 23:2). Após retornarem do exílio babilônico, os levitas recontaram em oração as bênçãos que o Senhor tinha dado a Israel. Eles diziam: "E lhes concedeste o teu bom Espírito para os ensinar . . . e testemunhaste contra eles pelo teu Espírito por intermédio dos teus profetas" (Neemias 9:20, 30). O profeta Zacarias disse que as pessoas "fizeram o seu coração duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas que nos precederam" (Zacarias 7:12). Observe que Deus enviou as suas palavras por seu Espírito por meio dos profetas.

O Espírito Santo e o Novo Testamento

Na noite anterior à crucificação, Jesus informou os apóstolos que retornaria ao céu e pediria ao Pai que lhes enviasse o Espírito Santo para servir-lhes de guia (João 14-16). Ele disse: "O Espírito da verdade . . . vos guiará a toda a verdade" (João 16:13). Será que essa promessa foi cumprida? Os escritores do Novo Testamento afirmaram reiteradas vezes que sim.

Paulo disse que o mistério "em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito". Ele afirma ter escrito o que foi revelado e podia ser entendido pelos santos (Efésios 3:3-5). Paulo disse que os dominadores deste século não entendiam a sabedoria de Deus. Aliás, segundo ele, as coisas que Deus preparou para o homem nem mesmo tinham entrado no coração do homem. Ele disse que "Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus" (1 Coríntios 2:10). Paulo ressaltava que as palavras que ele proferia eram "ensinadas pelo Espírito" (1 Coríntios 2:13).

Esses versículos deixam claro que o Espírito Santo havia então revelado a vontade de Deus ao homem. Outras referências mostram que a revelação está completa. Leia 2 Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 1:3-4; Judas 3.

O Espírito Santo Confirmou a Palavra

A palavra falada pelos apóstolos foi confirmada por sinais, maravilhas, milagres e dons espirituais. Imediatamente antes de Jesus subir ao céu, ele deixou a grande comissão aos apóstolos (Marcos 16:15-16). O evangelho tinha de ser pregado para que o homem pudesse crer, ser batizado e ser salvo. Jesus disse: "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma cousa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados" (Marcos 16:17-18). O objetivo desses sinais é explicado no versículo 20. À medida que os apóstolos saíam a pregar, o Senhor cooperou com eles, "confirmando a palavra por meio de sinais que se seguiam".

O Espírito Santo não apenas guiava os apóstolos para toda a verdade, mas confirmava a palavra que proferiam por meio dos milagres. Esses milagres limitaram-se ao período apostólico. Quando a revelação da vontade de Deus se completou e a palavra foi escrita (logo antes de 70 d.C.), a palavra já tinha sido confirmada (Hebreus 2:3-4). Cada sinal ou milagre que é necessário já foi escrito (João 20:30-31). A palavra está completa e não há necessidade de haver sinais miraculosos hoje.

Conclusão

O Espírito Santo esquadrinhou a mente de Deus e revelou por meio dos apóstolos e dos profetas tudo o que precisávamos saber sobre o maravilhoso projeto de redenção de Deus. Por meio do que foi revelado, podemos ser salvos tanto agora quanto para sempre.

por: Ferrell Jenkins

A Revelação de Deus: Uma Vista Panorâmica da Bíblia



A Revelação de Deus:

Uma Vista Panorâmica da Bíblia

Deus criou o homem como um ser inteligente para ter comunhão com ele. De todas as criaturas, o homem é o único feito à imagem de Deus (Gênesis 1:27). Desde a criação, Deus tem desejado que escolhamos imitá-lo e estar com ele. Para fazer isso, precisamos saber quem ele é e o que ele deseja de nós. É por isso que Deus nos deu a Bíblia. Ela é a revelação de Deus para nos equipar para toda a boa obra (2 Timóteo 3:16-17). Ela começa com a história da criação, para nos mostrar o quanto Deus nos ama e o quanto ele quer que estejamos com ele. Ela também nos mostra o quanto ele odeia o pecado e a desobediência, as barreiras que nos separam de nosso Criador.

Duas Grandes Divisões: O Velho E O Novo Testamentos

A Bíblia é dividida em duas partes maiores, conhecidas como o Velho Testamento e o Novo Testamento. O Velho Testamento fala sobre a criação do homem e de suas lutas sem sucesso contra o pecado. Ele nos ajuda a ver o que é o pecado e a entender suas conseqüências, mas não revela completamente a solução (Romanos 3:19-23). O Novo Testamento dá a resposta ao problema do homem na pessoa de Jesus Cristo (Romanos 1:16-17). Apesar de que algumas pessoas ainda o rejeitem, ele é o único meio de salvação (Atos 4:11-12).

Referimo-nos a essas partes da Bíblia como testamentos ou alianças, porque elas mostram como Deus revelou sua vontade a diversas pessoas em diferentes épocas. O Velho Testamento é principalmente sobre o povo de Israel, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Deus os escolheu como nação especial e fez um pacto com eles. Ele comunicou-lhes a lei no Monte Sinai e a entregou por intermédio de Moisés, seu servo fiel. Essa aliança foi dada para proteger o povo do mal enquanto ilustrava, muito claramente, a conseqüência mortal do pecado. Sem a informação que nos é dada no Velho Testamento, seria difícil entender as palavras de Paulo: "... porque o salário do pecado é a morte..." (Romanos 6:23). Hoje, entendemos muitas coisas importantes no Velho Testamento. Aprendemos sobre a natureza do Deus verdadeiro que governa o futuro e nunca quebra suas promessas (Romanos 15:1-4). Observamos os perigos da desobediência (1 Coríntios 10:1-13). Encontramos alguns detalhes do plano perfeito de Deus quando ele prepara o envio de seu Filho para nos salvar (João 5:39).

Mas o Velho Testamento não foi destinado a ser a palavra final. Deus enviou mensageiros para entregá-lo, mas já estava preparado para enviar seu próprio Filho para dar a revelação completa e final de sua vontade para todos os homens (Hebreus 1:1-2). Jesus prometeu aos apóstolos que eles seriam guiados pelo Espírito Santo "... a toda a verdade..." (João 16:13). Eles serviram como "vasos de barro" para comunicar a verdade a todos os homens (2 Coríntios 4:7; Colossenses 1:23). Eles a escreveram nos livros que agora temos, denominado como Novo Testamento, e declararam que a fé havia sido entregue "... uma vez por todas... aos santos" (Judas 3). Ninguém tem o direito de acrescentar a esta revelação ou pregar qualquer outra doutrina (Gálatas 1:6-9). É errado ir além do que nos foi revelado na palavra de Cristo (1 Coríntios 4:6; 2 João 9).

Para nos ajudar a entender e apreciar a mensagem da Bíblia, consideremos brevemente o conteúdo dos 66 livros dos quais ela se compõe. Se você é um estudante novo, estas notas o ajudarão a saber um pouco sobre o contexto de cada livro. Se você já estudou cuidadosamente toda a Bíblia, estas observações o ajudarão a relembrar a beleza e a unidade de sua mensagem.

O Velho Testamento: 39 Livros Apontando para o Cristo

Podemos dividir o Velho Testamento em quatro categorias de livros.

Œ Cinco Livros da Lei, Também Conhecidos como o Pentateuco

Gênesis fala da criação do universo e de sua corrupção pelo pecado. Esse livro começa a contar como Deus enviaria um descendente de Abraão para salvar os homens de seus pecados. Êxodo continua a história da família de Abraão, conhecida como o povo de Israel. Depois de quatro séculos no cativeiro egípcio, esse povo foi salvo por Deus e eleito como seu povo especial. Esse livro conta o começo de sua jornada em direção à terra prometida de Canaã, e registra os mandamentos que Deus deu a Moisés e aos israelitas no Monte Sinai. Os próximos três livros, Levítico, Números e Deuteronômio continuam a mesma história, terminando com a morte de Moisés pouco antes do povo entrar na terra prometida.

 Doze Livros de História

Após a morte de Moisés, Josué conduziu o povo na conquista da terra que Deus tinha entregue a eles. Depois que Josué morreu, o Senhor usou uma série de Juízes para salvar os israelitas, repetidamente, das conseqüências de seu próprio pecado. O pequeno livro de Rute é uma linda história do amor e da lealdade ocorrida nesse período de tempo. 1 Samuel é um livro de transição no qual lemos sobre o fim do período dos juízes e sobre o começo da monarquia em Israel. 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas falam dos reis que reinaram sobre os descendentes de Abraão. Alguns foram muito bons e piedosos, mas alguns foram tiranos egoístas. O povo seguiu seus líderes ímpios e persistiu na idolatria. Deus foi paciente durante longo tempo, mas finalmente usou forças estrangeiras para derrotar e levar o povo em cativeiro. Esdras, Neemias e Ester falam desse cativeiro e também como Deus libertou o povo e permitiu-lhe voltar à sua própria terra.

Ž Cinco Livros de Sabedoria

"O temor do Senhor é o princípio do saber…" (Provérbios 1:7). Essa é a mensagem ressaltada através dos cinco livros que chamamos livros de sabedoria ou poesia. Jó é um livro sobre o sofrimento. Pessoas justas sofrem, sim, e nem sempre sabem o porquê. Mas, podemos sempre confiar em Deus quando enfrentamos dificuldades. Os Salmos são cânticos de louvor que foram usados freqüentemente no templo ou na adoração individual. Eles glorificam a grandeza e a misericórdia de Deus. Provérbios são breves afirmações de sabedoria prática. Aqui aprendemos como conviver com outras pessoas e a importância de se preparar para a eternidade. Eclesiastes fala da busca de um homem pelo significado da vida, e conclui que não há significado nenhum longe do Criador. Cântico dos Cânticos é uma história de amor. Uma mulher jovem precisa escolher entre o conforto com um homem rico e o amor completo de um pobre.

 Dezessete Livros de Profecia

Os livros restantes do Velho Testamento são mensagens enviadas por vários pregadores inspirados, conhecidos como profetas. Eles estão relacionados no mesmo período de tempo coberto pelos livros de história, e a maioria deles fala sobre os descendentes de Abraão. Esses livros incluem referências ocasionais ao futuro, especialmente profecias sobre a primeira vinda de Jesus Cristo. Os primeiros cinco desses livros, por serem eles geralmente mais longos, são conhecidos como os profetas maiores. Isaías escreveu cerca de 700 anos antes de Cristo e usou a queda de Israel (a maioria dos descendentes de Abraão) para advertir Judá (as tribos restantes) que precisavam arrepender-se. Jeremias veio cerca de 100 anos mais tarde e deu as advertências finais de Deus ao povo rebelde de Judá antes de sua queda. Ele também escreveu Lamentações, um livro de luto por causa da destruição de Jerusalém. Ezequiel e Daniel estavam entre os cativos de Judá. Eles instaram o povo a arrepender-se e assegurou-o de que Deus o resgataria de seu cativeiro.

Os 12 livros restantes do Velho Testamento são chamados Profetas Menores, porque são mais breves. Sua mensagem não é menos significativa. Alguns deles foram escritos por volta do tempo das quedas de Israel (Amós, Oséias e Miquéias) e de Judá (Sofonias e Habacuque). Joel adverte o povo de Judá quanto à necessidade de arrependimento. Jonas e Naum falam das conseqüências dos pecados do povo de Nínive e Obadias adverte os edomitas sobre sua punição iminente. Os últimos três profetas do Velho Testamento (Ageu, Zacarias e Malaquias) encorajaram o povo que havia retornado do cativeiro a servir a Deus fielmente.

O Novo Testamento: 27 Livros que Mostram como Seguir a Jesus

Podemos dividir o Novo Testamento também em quatro categorias maiores, baseadas no conteúdo dos livros.

ΠQuatro Livros Sobre a Vida de Cristo

Os primeiros quatro livros do Novo Testamento são relatos biográficos que registram a vida e o ensinamento de Jesus na terra. Cada livro (Mateus, Marcos, Lucas e João) salienta pormenores diferentes da vida do Senhor. Para melhor entendimento, eles devem ser estudados juntos.

 Um Livro Sobre a Obra dos Cristãos Primitivos

O livro de Atos fala das obras dos cristãos primitivos (especialmente Pedro e Paulo) durante cerca de 30 anos depois da morte e ressurreição de Jesus.

Ž Vinte E Uma Cartas aos Cristãos

Paulo escreveu a maioria delas. Ele enviou diversas cartas a igrejas (Romanos, 1 e 2, Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses) e outras a alguns indivíduos cristãos (1 e 2 Timóteo, Tito e Filemom). Não sabemos quem escreveu Hebreus, um livro extremamente valioso mostrando a supremacia de Cristo. Quatro discípulos de Cristo escreveram as cartas restantes que foram identificadas pelos nomes de seus autores: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João e Judas.

 Um Livro de Profecia

O livro de Apocalipse foi escrito para confortar os cristãos perseguidos com a convicção que Cristo seria vitorioso sobre todos os seus inimigos. Esse livro nos ajuda a ver Cristo como ele verdadeiramente é: poderoso e triunfante sobre Satanás e seus aliados! Ele nos assegura que nós, também, podemos ser vitoriosos sobre o mal.

O Desafio para Estudar a Bíblia

Desde Gênesis até Apocalipse, a Bíblia é uma mensagem do amor de Deus por nós. Devemos estudá-la diligentemente todos os dias para que cresça o nosso entendimento de como glorificar nosso Criador e Redentor.

por: Dennis Allan

Evidência da Inspiração das Escrituras



Evidência da Inspiração das Escrituras

A Bíblia é um livro cheio de instruções para uma vida bem sucedida, mas há muitos livros que oferecem conselho semelhante. O que torna a Bíblia diferente ou distinta, entre tais livros? A Bíblia proclama ser a Palavra de Deus, uma revelação divina!

A Bíblia tem tido uma enorme influência na História do homem. Ela continua sendo o livro mais freqüentemente traduzido. É inquestionável que a Bíblia seja amplamente acreditada como sendo a Palavra de Deus, um livro divinamente inspirado. Mas qual evidência existe para apoiar esta crença? Seria sem fundamento esta fé? O que podemos oferecer à pessoa que tem dúvidas sobre a inspiração da Bíblia?

A inspiração é a influência do Espírito Santo sobre os escritores da Bíblia, para que as coisas que eles escreveram sejam exatamente o que Deus desejou revelar ao homem. A Bíblia declara ser o produto da inspiração. Paulo escreveu, "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Timóteo 3:16-17). Aos Coríntios, ele escreveu que o Espírito Santo revelou as verdadeiras palavras que ele e outros usaram para ensinar a Palavra de Deus (1 Coríntios 2:10-13). Pedro afirmou que os profetas do Velho Testamento também falaram como foram levados pelo Espírito Santo (1 Pedro 1:11-12; 2 Pedro 1:20-21). Os próprios profetas declararam que estavam falando as palavras de Deus (por exemplo, Jeremias 1:2, 4, 9).

A questão da inspiração da Bíblia é fundamental. Se a Bíblia é simplesmente um produto dos homens, então ela não tem mais autoridade do que qualquer outro padrão moral que o homem possa inventar. Por outro lado, se ela é na verdade a Palavra de Deus, então o padrão moral que ela apresenta é a expressão da autoridade de Deus.

Profecia Cumprida: Evidência de Inspiração

Há, naturalmente, muitas evidências da origem divina da Bíblia, mas a mais forte é a profecia cumprida, que é, em essência, a assinatura de Deus em seu livro, uma indicação inigualável de que ela é sua obra.

n O homem não pode conhecer o futuro; somente Deus pode predizer a História ou os acontecimentos. Somente Deus, pela sua onisciência, pode predizer com minúcias o que acontecerá a centenas de anos no futuro! Através do profeta Isaías, Deus emitiu o seguinte desafio aos falsos deuses adorados pelos homens: "Trazei e anunciai-nos as cousas que hão de acontecer; relatai-nos as profecias anteriores, para que atentemos para elas e saibamos se se cumpriram; ou fazei-nos ouvir as cousas futuras. Anunciai-nos as cousas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente o veremos" (41:22-23; veja também 42:8-9; 44:6-8). Deus indicou que a capacidade de predizer o futuro era um sinal de verdadeira divindade.

n A Bíblia predisse os destinos de nações e cidades. O Velho Testamento está repleto de minuciosas profecias a respeito da vinda do Messias: a natureza de seu nascimento, a vida e a maneira de sua morte.

n Se apenas Deus pode predizer o futuro e a Bíblia contem profecia cumprida, então a Bíblia é claramente a obra de Deus, um livro inspirado.

De acordo com o Velho Testamento, a profecia cumprida era um dos sinais de um verdadeiro profeta, um guiado por Deus. Por outro lado, profecia falhada é o sinal de um falso profeta (Deuteronômio 18:20-22).

Critérios de profecia

n Os assim chamados psíquicos freqüentemente fazem predições sobre o futuro, mas a maioria, se não todos, não consegue passar. Muitas vezes tais predições são claramente "palpites" sobre eventos futuros, baseados nos eventos correntes. A profecia não é o resultado de cálculo matemático, nem a projeção da sabedoria política ou científica, nem mesmo uma conjectura feliz. A profecia é a predição de eventos além do poder natural de um homem para prever.

n Obviamente, uma profecia precisa ser feita antes que o evento aconteça. Quanto mais tempo passar entre a profecia e seu cumprimento, é menos provável que a profecia seja meramente um "palpite" treinado sobre o futuro. Talvez se possa imaginar quem será o próximo presidente do Brasil, mas predizer hoje quem será o presidente do Brasil no ano 2090 seria uma verdadeira profecia!

n A profecia precisa ter um cumprimento claro, isto é, é preciso que se seja capaz de ver uma relação clara entre a profecia e o evento que supostamente a cumpre. Alguns homens fazem "profecias" que são enquadradas numa tal linguagem geral que permita o cumprimento por um grande número de eventos futuros, antes que por um algum evento explícito. A linguagem da profecia precisa não ser ambígua nem enganosa, para que seu cumprimento seja claramente reconhecível.

Um exemplo de profecia cumprida: Ezequiel e Tiro

zequiel profetizou durante o período de 592-570 a. C. Além de outras nações e cidades, ele profetizou contra Tiro, uma cidade costeira da Fenícia. Ezequiel predisse que:

l Muitas nações subiriam contra Tiro (Ezequiel 26:3)

lOs muros de Tiro seriam derrubados e a cidade completamente varrida (26:4)

l O local da cidade se tornaria um lugar para os pescadores estenderem suas redes (26:5,14)

lOs escombros de Tiro seriam atirados ao mar (26:12)

l Tiro jamais seria reconstruída (26:14)

O cumprimento destas profecias é surpreendente! Ezequiel identificou Nabucodonosor, rei da Babilônia, como aquele que atacaria a cidade de Tiro e a destruiria (26:7). Nabucodonosor assediou esta cidade na praia do Mar Mediterrâneo de 585 a 572 a. C. e quando, finalmente, rompeu as portas da cidade, ele descobriu que o seu povo, na maior parte, tinha evacuado a cidade por navio e fortificado outra cidade numa ilha a cerca de um quilômetro da costa. Nabucodonosor destruiu a cidade da terra firme (572 a.C.), mas foi incapaz de destruir a cidade da ilha. Estes acontecimentos não são, talvez, muito admiráveis porque aconteceram não muitos anos depois das profecias de Ezequiel. Contudo, a história de Tiro não tinha terminado.

O império medo-persa substituiu o dos babilônios e, por sua vez, o general grego Alexandre, o Magno, capturou o território dos persas. Depois de vencer Dario III na Ásia Menor, Alexandre se mudou para o Egito e conclamou as cidades fenícias a abrirem suas portas (332 a. C.). A cidade na ilhota de Tiro se recusou e por isso Alexandre assediou-a e começou a construir uma ponte flutuante com 60 metros de largura, desde a praia até a ilha. Ele usou os escombros da velha cidade de Tiro, limpando completamente o terreno, para fazer sua "estrada" levando-a até a cidade na ilha. Depois de um cerco de sete meses, ele tomou a cidade. Sua fúria contra os tírios foi grande; ele matou 8.000 dos habitantes e vendeu outros 30.000 para a escravidão.

Muitas cidades antigas, que foram destruídas de tempos em tempos, foram reconstruídas, mas nenhuma cidade jamais foi reconstruída no antigo local de Tiro. O terreno, até mesmo hoje, é usado por pescadores para estender suas redes para limpar, remendar e secar.

Como teria sido possível a Ezequiel saber o que Alexandre, o Magno, faria para capturar a cidade de Tiro 250 anos mais tarde? Nenhum homem poderia ter previsto com tal pormenor o futuro incomum de Tiro; profecias como estas são claramente a obra de Deus.

As profecias contra Tiro são apenas um exemplo entre muitas que poderiam ser citadas. Por exemplo, Isaías predisse que Jerusalém e o templo seriam reconstruídos por ordem de Ciro, o persa, que permitiria aos israelitas regressarem do cativeiro (44:28 - 45:13). Quando Isaías fez estas profecias cerca do ano 700 a. C. a cidade de Jerusalém e o templo ainda estavam em pé, o reino do sul de Judá ainda não tinha sido levado em cativeiro, e os assírios eram a potência mundial. Ciro não libertaria os cativos de Judá antes do ano 536 a.C., 160 anos mais tarde, e entretanto Isaías o chamou pelo nome!

Também foi Isaías quem profetizou que o Messias nasceria de uma virgem, 700 anos antes que isso acontecesse (Isaías 7:14; Mateus 1:22-23). O profeta Miquéias, que viveu no mesmo tempo que Isaías, predisse o lugar de nascimento do Messias, observando que seria a pequena cidade de Belém, no sul, não a Belém do norte (Miquéias 5:2; Mateus 2:1, 5-6). Como poderiam estes homens ter predito estas coisas sobre o Messias a menos que Deus os estivesse guiando?

Conclusão

Bíblia contém algumas profecias que satisfazem os critérios antes mencionados de verdadeira profecia e deste modo demonstram a natureza inspirada das Escrituras? Os exemplos já citados respondem essa questão com um sonoro "sim"!

Talvez alguém diga, "Deveríamos aceitar a Bíblia como inspirada sem necessidade de qualquer evidência. A fé não exige evidência." Com tal tipo de raciocínio, aceitaremos virtualmente qualquer livro que se declare ser revelação divina! Se a Bíblia não é a palavra de Deus, como declara, então não é um bom livro. É uma tentativa para enganar.

Por outro lado, se a profecia cumprida confirma a origem divina da Bíblia, então ela é obra de Deus e contém um padrão moral com autoridade para nossas vidas, governando a conduta de todos que queiram viver eternamente na presença de seu Criador. A evidência, a profecia cumprida, está disponível para nosso estudo. O que você concluirá sobre a Bíblia?

por: Allen Dvorak

O Que a Bíblia Diz? O Que Quer Dizer "Escrituras"?



O Que a Bíblia Diz?

O Que Quer Dizer "Escrituras"?

As palavras "escritura" e "escrituras" são usadas freqüentemente no Novo Testamento para descrever os livros inspirados por Deus. Paulo fala da importância destes livros em 2 Timóteo 3:16-17 S "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." Jesus não excluiu nenhuma parte do Velho Testamento quando ele falou sobre as Escrituras. Não somente os livros de Moisés, mas também os Salmos e Profetas foram considerados Escrituras (Lucas 24:27,44,45). Ele afirmou que os judeus erraram por causa da ignorância das Escrituras (Mateus 22:29).

As Escrituras do Antigo Testamento foram importantes, mas as palavras de Jesus e seus mensageiros são mais importantes ainda: "Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram" (Hebreus 2:2-3). Não somente os livros do Antigo Testamento, mas também os do Novo são inspirados por Deus e considerados "Escrituras". Pedro especificamente classificou as cartas de Paulo entre as Escrituras (2 Pedro 3:16).

O fato de que todos os livros da Bíblia são inspirados não quer dizer que todos têm a mesma função. Gênesis 6 é inspirado por Deus, mas ninguém hoje tem obrigação de fazer uma arca como Noé a fez. Da mesma forma, a lei que Deus revelou ao povo de Israel não está mais em vigor. Ninguém hoje é sujeito a ela (Gálatas 3:24-25; Romanos 7:6). Jonas é um livro inspirado, mas não somos obrigados ir para Nínive para pregar. De tais exemplos, aprendemos muito sobre a fé, a obediência, a natu-reza de Deus, etc. Mas nosso serviço hoje deve ser de acordo com a palavra de Cristo. Os livros do Novo Testamento mostram como Jesus andou (João 20: 30-31; Atos 1:1-2) e como nós devemos lhe seguir (1 Coríntios 11:1). Nossa fé se baseia nas palavras daqueles que acompanharam Jesus (João 17:18-20).

Somos incrivelmente abençoados. Temos acesso fácil às palavras que vêm do Deus verdadeiro, o Criador e Sustentador do universo. Conheçamos as Escrituras!

por: Dennis Allan

Parte 1: O plano e o propósito de Deus requerem que ele preserve as Escrituras




Parte 1: O plano e o propósito de Deus requerem que ele preserve as Escrituras


A Bíblia ensina que Deus é todo poderoso e pode fazer qualquer coisa que decidir fazer (Jeremias 32:17, 27; Mateus 19:26; Marcos 14:36; Jó 42:2). Se ele, portanto, decide preservar as Escrituras de modo que o homem não possa destruí-las, ele é perfeitamente capaz de fazer isso. A questão é se ele decidiu ou não preservar as Escrituras.

Œ Deus deseja que todos os homens saibam, creiam e obedeçam a sua vontade.

Considere os seguintes princípios:

Todos os homens são culpados de pecado e precisam de perdão — Romanos 3:23; 6:23; 1 João 1:8, 10.

Deus deseja que todos os homens se convertam do pecado e sejam salvos — 1Timóteo 2:4; 2 Pedro 3:9; Tito 2:11-12.

Jesus morreu para colocar a salvação ao alcance de todos os homens — 1 Timóteo 2:6; Hebreus 2:9; João 3:16; Mateus 11:28-30.

Para serem salvos, os homens precisam ouvir, crer e obedecer ao evangelho — João 6:44-45; 8:24,32; Hebreus 5:9; 2 Tessalonicenses 1:8-9; 1 Pedro 1:22; Romanos 6:17-18; 1:16; 10:14,17.

Assim, Deus deseja que todos os homens aprendam o evangelho para que tenham oportunidade de crer e obedecê-lo — 1 Timóteo 2:4; Mateus 28:18-20; Marcos 16:15-16; Atos 2:38-39; 17:30-31; Lucas 24:47; Colossenses 1:28.

O evangelho, revelado no primeiro século aos apóstolos, está completo, provendo tudo o que é bom e tudo o que necessitamos saber para agradar a Deus — João 14:26;16:13; 2 Pedro 1:3; 2 Timóteo 3:16-17; Atos 20:20,27; Mateus 28:18-20; Tiago 1:25.

Por estas passagens concluímos que todas as pessoas precisam do evangelho, Deus quer que todos tenhamos o evangelho, por isso o evangelho estava completa, acurada e adequadamente revelado no primeiro século. Desde que todos os homens necessitavam daquele evangelho, as pessoas de hoje também precisam dele. E desde que Deus quer que todos o conheçam, podemos estar seguros de que ele o tornará acessível ao povo de hoje. A questão, então, é: Como o evangelho chegou a nós, hoje?

Deus revelou as escrituras para que os homens pudessem conhecer sua vontade.

O Velho Testamento foi inspirado por Deus para ensinar aos homens sua vontade.

Êxodo 24:3,4,7 — Moisés escreveu num livro todas as palavras e ordenanças de Deus que as pessoas tinham que obedecer.

Deuteronômio 28:58-59; 30:9-10— Se as pessoas obedecessem aos mandamentos escritos no livro, elas seriam abençoadas. Se não, elas sofreriam.

Deuteronômio 31:9-13,24-29 — Moisés escreveu a lei e colocou-a onde o povo poderia lê-la no futuro e aprender a temer a Deus e a observar todas as palavras daquela lei.

Jeremias 36:1-4 — Deus ordenou a Jeremias que escrevesse num livro todas as palavras que Deus lhe dera para ensinar Israel a se arrepender.

2 Pedro 1:21 — Os homens santos de Deus falaram conforme foram movidos pelo Espírito Santo.

O Novo Testamento foi do mesmo modo inspirado por Deus para ensinar aos homens a sua vontade.

1 Coríntios 14:37 — O que Paulo escreveu foram os mandamentos do Senhor.

João 20:29-31 — João escreveu para que as pessoas tivessem um registro de testemunho ocular dos milagres de Jesus e, portanto, pudessem crer em Jesus e ter vida em seu nome, ainda que não o tivessem visto pessoalmente (veja 21:24-25).

1 João 1:1-4; 2:1-17 — João escreveu para que as pessoas pudessem ter seu testemunho ocular a respeito de Jesus, pudessem ter amizade com Deus, pudessem saber que não devemos pecar e pudessem ouvir os mandamentos de Deus que deverão obedecer.

Apocalipse 1:1,2,10,11,19; capítulos 2 e 3 — João foi instruído por Jesus a escrever uma mensagem de Jesus e do Espírito para instruir as igrejas da Ásia a respeito da vontade de Jesus para elas (veja 14:13; 19:9; 21:5).

Efésios 3:3-5 — O que Paulo recebeu por revelação do Espírito, ele escreveu para que outros pudessem entender o que ele tinha recebido.

Lucas 1:1-4; Atos 1:1-2 — Lucas escreveu para que o leitor pudesse saber a certeza das coisas que tinham sido ensinadas sobre a vida de Jesus e a igreja primitiva.

Judas 3 — Judas escreveu sobre a salvação e exortou o povo a lutar sinceramente pela fé, a despeito do perigo dos falsos mestres.

1 Timóteo 5:18 — O que é propriamente chamado "Escritura" inclui citações do escrito do Novo Testamento (Lucas 10:7) junto com escritos do Velho Testamento.

2 Pedro 3:15-16 — Pedro classifica os escritos de Paulo junto com "outras Escrituras". Por isso, elas deverão ser tratadas com o mesmo respeito que qualquer outra Escritura.

2 Timóteo 3:14-17 — Toda Escritura (tanto velha como nova) é inspirada por Deus e foi dada para ensinar e instruir os homens para que eles pudessem conhecer todas as boas obras. Assim como os escritos do Velho Testamento foram dados para serem um guia que o povo tinha que seguir para agradar a Deus no seu tempo, assim também o Novo Testamento serve como um guia inspirado na época atual.

Todos os homens, aprendemos, precisam conhecer a vontade de Deus, e Deus deseja que todos os homens tenham essa oportunidade. Para satisfazer esta necessidade, Deus inspirou homens a registrar sua mensagem escrevendo-a nas Escrituras.

Ž Deus quis que as Escrituras guiassem as pessoas das futuras gerações.

A palavra falada beneficia somente as pessoas que imediatamente a ouvem. Não pode ser repetida a outros exceto por memória (com toda a falibilidade e fraquezas que a memória humana envolve). Uma razão pela qual fez as escrituras serem registradas como palavra escrita foi para que a mensagem pudesse ser copiada, circulada e ficasse disponível a outras pessoas, em acréscimo àquelas a quem tinha sido imediatamente dirigida.

Especificamente, Deus queria que a palavra escrita fosse usada para guiar e instruir as gerações futuras das pessoas, mesmo depois da geração na qual tinha sido escrita. Isto tornou necessário preservar a palavra de forma acurada.

As Escrituras do Velho Testamento eram para beneficiar gerações futuras.

Deuteronômio 17:18-20 — Os futuros reis de Israel tinham que copiar a lei de Deus, estudá-la e obedecê-la estritamente, sem variação. Mas note que Israel nem sequer teve um rei até diversas gerações depois disto ter sido falado (versículo 14).

Deuteronômio 31:9-13,24-29 — As palavras da lei foram escritas e colocadas onde pudessem ficar ao alcance do povo. A cada sete anos, depois que Moisés morreu, as leis tinham que ser lidas ao povo para que pudessem lembrar-se delas, seus filhos (que não conheciam as leis) pudessem aprendê-las e todos obedecessem.

Salmo 102:18 — O salmista escreveu "para a geração futura".

Evidentemente, a Velha Lei pretendia ser um modelo ou padrão de autoridade para as gerações futuras. Veremos mais tarde que esta lei foi preservada e estava ainda sendo seguida como lei e autoridade centenas de anos mais tarde, justo como Deus queria.

As Escrituras do Novo Testamento também eram para beneficiar as gerações futuras.

João 20:29-31 — João escreveu para que as pessoas que não tinham visto Jesus ou testemunhado seus milagres pudessem ler o registro do testemunho ocular deles e então crer em Jesus e ter vida eterna. Mas isto significa que o registro foi escrito especialmente para pessoas de hoje como nós.

2 Pedro 1:12-15 — Pedro afirma expressamente que ele escreveu o que ele fez para que as pessoas pudessem ter o registro escrito de seus ensinamentos para lembrá-los no futuro, mesmo depois que Pedro estivesse morto.

2 Pedro 3:1-2 — Ele escreveu especialmente para que as pessoas fossem lembradas dos mandamentos revelados pelos apóstolos de Jesus.

2 Pedro 3:15-16; 1 Timóteo 5:18 — Mesmo no primeiro século, as pessoas estavam estudando os escritos de homens inspirados do Novo Testamento e os estavam citando como autoridades. Em particular, os escritos de Paulo e Lucas eram conhecidos pelo povo a quem outros homens escreveram.

Mais ainda, estes escritos são classificados junto com outra "Escritura", o que mostra porque eles foram sendo circulados e estudados. Eles foram reconhecidos como declarações autorizadas da vontade de Deus, que as pessoas deveriam estudar de modo a obedecer a Deus, do mesmo modo como o Velho Testamento tinha sido (veja 2 Timóteo 3:16-17; Colossenses 4:16; Atos 2:39; Marcos 14:9; 1 Tessalonicenses 5:27).

Quando Deus inspirou homens para escreverem as Escrituras, ele quis que aqueles escritos sagrados fossem usados para ensinar ao povo sua vontade, em outros lugares e em tempos futuros. Isto foi feito com o Velho Testamento, e ele claramente queria que o Novo Testamento fosse usado como o Velho tinha sido a este respeito. Para cumprir este propósito, segue-se que as Escrituras teriam que ser preservadas cuidadosamente pelas gerações futuras.

 Outras fontes de revelação inspirada cessaram.

Deus preferiu revelar sua vontade, não toda de uma vez, mas gradualmente, durante um período de 1500 anos, deste Moisés até o fim do primeiro século. Durante esse tempo, certos homens foram guiados diretamente pelo Espírito Santo, como estudamos, tanto para falar como para escrever a vontade de Deus.

Mas era o plano de Deus que, quando toda sua vontade tivesse sido revelada e registrada, ele findaria os poderes miraculosos pelos quais o Espírito Santo entregaria a mensagem. Por esse tempo, a palavra escrita se tornaria o único meio inspirado que as pessoas teriam para conhecer a mensagem de Deus.

1 Coríntios 13:8-10 — Os dons espirituais cessariam.

Profecias, línguas e conhecimento milagroso são três dos dons miraculosos que o Espírito Santo usou para entregar a vontade de Deus aos homens (12:7-11). Mas há algo mais importante ou "mais excelente" do que estes dons (12:31), e isso é o amor (capítulo 13). O amor é maior do que os dons espirituais porque o amor, a fé e a esperança continuaram a existir (13:13) mesmo depois que os dons espirituais, milagrosos, tinham cessado (13:8).

Estes dons cessariam porque eram "em parte" (13:9), e cessariam quando o que é perfeito, ou completo, viesse (13:10). Observe: "aquele que é perfeito" é contrastado com os dons, que eram em "parte". Em algum sentido, os dons eram parciais e cessariam quando sua natureza parcial fosse feita completa ou fosse substituída pelo que não era parcial.

Em que sentido os dons eram "em parte"? A única explicação que se harmoniza com a Escritura é que os dons, ao tempo em que Paulo escreveu, tinham somente parcialmente completado seu propósito de revelar a vontade de Deus. A revelação foi feita por meio desses dons, e essa obra ainda não estava completa. Mas quando a obra estivesse completa, os dons teriam cumprido plenamente sua tarefa e não mais seriam necessários. Por isso cessariam.

"O que é perfeito", portanto, tem que se referir à revelação completada da vontade de Deus e quando ela toda tivesse sido completa e adequadamente revelada, os dons espirituais cessariam. Mas já aprendemos pelos versículos listados previamente que a verdade foi revelada aos apóstolos do primeiro século, e eles a registraram na Bíblia (Novo Testamento).

A vontade completa de Deus ("a perfeita lei de liberdade" — Tiago 1:25) tinha sido registrada por escrito antes do fim do primeiro século. Quando isso aconteceu, todos os outros meios de revelação do Espírito Santo cessaram, e as Escrituras ou a palavra escrita se tornaram o único meio inspirado que os homens tinham para aprender a vontade de Deus.

Judas 3 - A fé foi uma vez por todas entregue.

Judas instrui-nos a batalhar "pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos". A frase "uma vez por todas" se refere ao que é assim feito para ser de validade perpétua e nunca necessita de repetição (Thayer).

A mesma palavra é usada para se referir à morte de Jesus, que ocorreu somente uma vez, em contraste com os sacrifícios de animais do Velho Testamento, que tinham que ser repetidos continuamente (Hebreus 9:26,28;10:10; 7:26-27; 1 Pedro 3:18). O sacrifício de Jesus foi feito tão perfeitamente que não precisou ser repetido: "uma vez por todas".

Do mesmo modo, o evangelho precisava ser entregue ao povo de Deus somente "uma vez". Quando foi completado, não precisou ser repetido. Podemos do mesmo modo afirmar que o sacrifício de Jesus precisa ser repetido, para afirmar que o evangelho precisa ser entregue por inspiração de homens novamente.

Assim, se Deus quer que o povo tenha o evangelho, mas não é para ser entregue ao povo novamente, segue-se necessariamente que Deus pretendia preservar essa mensagem escrita, que ele entregou originalmente, para que pessoas em todas as eras pudessem tê-la disponível.

Não há apóstolo hoje em dia para entregar a mensagem novamente.

Os apóstolos estavam sempre envolvidos quando qualquer um recebia poder para entregar a mensagem do evangelho, guiados diretamente pelo Espírito Santo. Os próprios apóstolos receberam esse poder no dia de Pentecostes (Atos 1:2-8;2:1-11). Outros receberam tal poder quando os apóstolos pessoalmente impuseram suas mãos neles (Atos 8:14-21;19:1-7). A casa de Cornélio recebeu poder para falar em línguas quando Pedro estava ensinando-os, para que os judeus soubessem que os gentios podiam receber o evangelho (Atos 10:1-11:18). Mas em cada caso, sem exceção, os apóstolos estavam envolvidos sempre que alguém recebeu este poder (veja João 14:26;16:13).

Mas, para ser um apóstolo, tinha-se que ser uma testemunha ocular de Jesus depois de sua ressurreição (Atos 1:21-22;26:16; 1 Coríntios 9:1;15:1-8; João 15:27). Tinha-se também que ter poderes miraculosos para confirmar o apostolado (2 Coríntios 12:12). Mas ninguém, hoje em dia, pode ser uma testemunha ocular do Cristo ressurgido, e ninguém pode fazer sinais miraculosos como os apóstolos podiam fazer.

Portanto, hoje em dia não há apóstolos nem ninguém em quem os apóstolos impuseram suas mãos. Portanto, não há meios pelos quais as pessoas possam receber poderes espirituais e milagrosos guiados diretamente pelo Espírito Santo.

Todos estes fatos nos levam à conclusão necessária que a única fonte inspirada da qual hoje em dia se pode receber a vontade de Deus é somente a Bíblia. Mas as pessoas ainda precisam da verdade e Deus ainda quer que elas tenham a verdade, donde tem que se seguir que ele tem preservado cuidadosamente as Escrituras para nossos dias, para que todos possam conhecer a verdade.

 Deus prometeu preservar sua palavra para os povos de todas as eras.

Estudando o propósito de Deus para as Escrituras, concluímos que Deus deve ter pretendido preservar sua palavra escrita como uma minuciosa revelação de sua vontade para as gerações futuras. Agora, considere algumas passagens que afirmam diretamente que, na verdade, esta era sua intenção.

Deus pretendia preservar as Escrituras do Velho Testamento.

Salmo 119:160,152 — Todas as ordenações de Deus duram para sempre.

Isaías 40:8 — A palavra de Deus não é como uma flor que desabrocha e depois morre. A palavra de Deus permanecerá para sempre.

Isaías 30:8 — As palavras de Deus tinham que ser escritas num livro para que pudessem ser para o tempo vindouro, para sempre, perpetuamente.

Deus também pretendia preservar as Escrituras do Novo Testamento.

João 12:48 — As palavras de Jesus nos julgarão no último dia. Segue-se, necessariamente, que elas têm que durar até o julgamento e têm que estar acessíveis aos homens, para que possamos conhecer o que fazer para nos prepararmos para o julgamento. Mas, hoje, as Escrituras são a única fonte inspirada das palavras de Jesus. Portanto, a justiça de Deus e seu desejo de ver os homens salvos requerem que ele preserve as escrituras através das eras, até o julgamento.

2 João 2 — A verdade estará conosco para sempre.

2 Pedro 1:15 — Pedro escreveu para que, depois que ele morresse, as pessoas fossem capazes de se lembrarem destes ensinamentos "sempre", ou a "todo tempo".

1 Pedro 1:22-25 — Precisamos obedecer à verdade para sermos limpos de nossos pecados e renascermos. A verdade viverá, permanecerá e durará para sempre. Não será como a grama ou uma flor que brota e depois morre. Isto é exatamente o que Isaías 40:8 disse, mas é aplicado aqui ao evangelho. Deus preservará o Novo Testamento justamente como ele o fez com o Velho Testamento.

2 Timóteo 3:16-17 — Temos visto que o Novo Testamento constitui "Escritura", exatamente como o Velho Testamento (2 Pedro 3:15-16; 1 Timóteo 5:18). Assim como Deus preservou as Escrituras do Velho Testamento para que pudessem guiar o povo no conhecimento da vontade de Deus, assim ele deve preservar as Escrituras do Novo Testamento, se ele tem que preparar os homens para "todas as boas obras".

Se cremos que Deus é um Ser Supremo todo poderoso, que sempre mantém suas promessas, temos que crer que ele tem preservado cuidadosamente, nas Escrituras, sua vontade para o homem. É claro que isto é o que ele pretendia fazer. Negar que ele o tenha feito é negar tanto seu poder como sua fidelidade a suas promessas.


por: David Pratte

Parte 2: O Velho Testamento demonstra como Deus tem preservado sua palavra



Parte 2: O Velho Testamento demonstra como Deus tem preservado sua palavra


Deus não somente prometeu preservar as Escrituras para as gerações futuras. Ele também deu uma demonstração convincente para provar que ele tem mantido e manterá sua promessa. Esta demonstração é o Velho Testamento.

ΠObserve os paralelos na base dos dois Testamentos.

Ambos os testamentos foram dados por inspiração de Deus.

Para ambos os testamentos, já citamos Escrituras mostrando que o Espírito Santo deu a homens inspirados as próprias palavras que eles deveriam escrever.

Ambos os testamentos foram coligidos, copiados, circulados, estudados e traduzidos através dos anos.

Alguns críticos têm questionado a exatidão do Novo Testamento, porque foi escrito por diferentes homens em lugares diferentes. Os escritos foram coligidos gradualmente e qualificados como sendo canônicos, então foram traduzidos para outras línguas. Alguns dizem que não podemos ser confiantes de que tudo isto tenha sido feito com exatidão, uma vez que homens não inspirados foram envolvidos.

Mas o mesmo pode ser dito do Velho Testamento como do Novo. Ambos os Testamentos foram escritos gradualmente, coligidos, copiados e listas de livros canônicos foram desenvolvidas. Ambos foram traduzidos para que pessoas de outras línguas pudessem conhecê-los. Por exemplo, a Septuaginta é uma tradução do Velho Testamento, do hebraico para o grego, o que foi feito vários séculos antes do tempo de Jesus.

Se for aceito que o Velho Testamento foi preservado cuidadosamente através destes métodos usados, quem pode duvidar de que o Novo Testamento tenha sido preservado cuidadosamente, se os mesmos métodos foram usados para isso?

Ambos os testamentos tinham a intenção de servir como um padrão de autoridade até para as futuras gerações.

Citamos as Escrituras mostrando que Deus pretendia que o povo mantivesse os escritos inspirados, estudasse-os, obedecesse-os, e os passasse às gerações futuras. O próprio motivo pelo qual as pessoas copiassem, circulassem e traduzissem as Escrituras era para que elas pudessem estar disponíveis para as pessoas que necessitassem delas.

Ambos os testamentos passaram através de gerações nas quais novas revelações foram acrescidas, e gerações em que as pessoas negligenciaram as Escrituras.

Algumas pessoas dizem que não podemos estar certos de que hoje temos Novos Testamentos exatos, porque faz muito tempo desde quando havia homens inspirados vivos para confirmá-los. Outros afirmam que partes do Novo Testamento podem ter sido pervertidas ou perdidas durante as gerações quando as pessoas geralmente negligenciaram a Bíblia ou foram culpadas de espalhada apostasia.

Mas o Velho Testamento também passou através de muitas gerações quando o povo geralmente negligenciou a Bíblia ou foi culpado de apostasia generalizada. Muitas gerações se passaram nas quais nenhum profeta viveu e nenhuma Escritura foi escrita. Especificamente, passaram-se mais de 400 anos desde o tempo em que o Velho Testamento foi escrito, até o nascimento de Jesus.

Se pode ser mostrado que o Velho Testamento foi cuidadosamente preservado a despeito destes problemas, quem pode duvidar de que o mesmo não será verdadeiro para o Novo Testamento?

Ambos os testamentos contêm promessas de que Deus os preservaria.

Já citamos passagens onde Deus prometeu, tanto para as Escrituras do Velho Testamento como para as do Novo Testamento, que ele as preservaria para sempre. O que ele prometeu para um testamento, também prometeu para o outro. Neste sentido, o Novo Testamento é tão “Escritura” plena como o é o Velho Testamento.

Agora, se podemos demonstrar claramente que Deus de fato manteve sua promessa e cuidadosamente preservou o Velho Testamento por múltiplos séculos, certamente temos que concluir que ele tem cumprido, e do mesmo modo cumprirá sua promessa de preservar toda a Bíblia, incluindo o Novo Testamento. Assim, consideremos a evidência da preservação, por Deus, do Velho Testamento.

 A história do Velho Testamento antes do nascimento de Jesus.

Os escritos do Velho Testamento começaram cerca de 1400 a. C. (todas as datas nesta parte são aproximadas). Podemos traçar a história destas Escrituras através de todo o resto do período do Velho Testamento até o tempo de Cristo e seus apóstolos. Podemos ver se elas foram cuidadosamente preservadas ou não, e esperava-se que as pessoas continuassem a usá-las como autoridade inspirada.

Josué 1:7-8 — 40 anos depois que Moisés escreveu, Deus ordenou a Josué que meditasse dia e noite nas palavras de Moisés, e que as observasse e obedecesse sem variação. Os escritos tinham sido preservados cuidadosamente, estudados e obedecidos como um padrão de autoridade.

Josué 23:2,6 — Cerca de 60 anos depois que Moisés escreveu, Josué morreu. Mas ao morrer, ele incumbiu Israel de manter exatamente tudo o que Moisés escreveu. As Escrituras ainda eram cuidadosamente preservadas e tinham que ser estudadas e obedecidas como a lei de Deus.

1 Reis 2:3 (cerca de 960 a.C.) — Cerca de 400 anos depois que Moisés escreveu, Davi encarregou Salomão de manter os mandamentos de Deus como estavam escritos na lei de Moisés. As Escrituras eram ainda exatas e tinham autoridade.

2 Crônicas 34:14-19,29-31 (cerca de 605 a.C.) — Cerca de 800 anos depois de Moisés, Josias encontrou o livro da lei de Moisés. Ele restaurou a adoração e o serviço de Deus executando os mandamentos encontrados escritos ali.

Observe que a Escritura ainda era exata e com autoridade, ainda que tivessem sido preservadas durante séculos e ainda que o povo de Deus tivesse-a negligenciado e estado em apostasia durante muitos anos. Entretanto, tudo o que era necessário para restaurar o serviço fiel a Deus era simplesmente praticar o que estava escrito no livro (veja cap. 35; 2 Reis 22:23.)

Neemias 8:1-3,8 (cerca de 450 a.C.) — Talvez uns 900 anos ou mais depois de Moisés, o povo de Israel novamente restabeleceu o serviço de Deus na Palestina. Isto ocorreu em seguida uma apostasia tão grande que o levou ao cativeiro em Babilônia. Contudo, a Escritura ainda estava tão cuidadosamente preservada que poderia ser entendida e obedecida como autoridade (veja 8:13-18; 9:3).

Deus estava, claramente, mantendo sua promessa de preservar a palavra escrita. Além do mais, ele continuou a esperar que as pessoas a estudassem e honrassem como uma revelação inspirada mostrando como deviam padronizar suas vidas.

Ž A atitude de Jesus e seus discípulos com a Escritura do Velho Testamento.

Agora chegamos ao tempo em que Jesus e seus discípulos viveram. Isto foi cerca de 1.400 anos depois que Moisés começou a escrever, e mais de 400 anos desde que a última Escritura do Velho Testamento tinha sido registrada. Estes homens também eram inspirados pelo Espírito Santo. Eles repreenderam claramente os judeus dos seus dias a respeito de qualquer erro de que eram culpados. Com certeza teriam apontado quaisquer problemas nas Escrituras judaicas, se tais problemas existissem.

O que encontramos? Disseram eles que algumas partes necessárias da Escritura do Velho Testamento estavam faltando ou que partes não inspiradas tivessem sido acrescentadas? Disseram eles que as Escrituras não podiam mais ser confiadas como uma revelação precisa da vontade de Deus?

No primeiro século, cópias do Velho Testamento foram amplamente circuladas e estudadas como revelação de Deus.

Lucas 4:16-21 — Na sinagoga de Nazaré, Jesus leu o profeta Isaías e disse que a passagem estava cumprida no próprio Jesus.

Atos 2:28-35 — O tesoureiro etíope estava lendo Isaías. Filipe usou-o como autoridade para ensinar a respeito de Jesus.

Atos 15:21 — Durante muitas gerações, cada cidade tinha uma cópia das Escrituras (de Moisés), que eram lidas na sinagoga a cada sábado. A mensagem ainda era preservada, tinha sido copiada e circulada, e estava sendo estudada e citada como autoridade. Acreditavam Jesus e seus apóstolos que este era o tratamento adequado da Escritura?

Homens inspirados citaram as Escrituras do Velho Testamento, e esperaram que as pessoas estudassem-nas e respeitassem-nas como revelação acurada e como autoridade de Deus.

Mateus 4:4,7,10 — Jesus citou as Escrituras para vencer as tentações de Satanás.

Mateus 15:1-9 — Jesus citou o Velho Testamento como sendo o mandamento de Deus, e repreendeu aqueles que não o obedeciam.

Mateus 22:29-33 — Jesus repreendeu o povo por não conhecer as Escrituras. Ele então citou Moisés, dizendo que Deus tinha dito isso “a vós” (o povo nos dias de Jesus). Ainda que esta passagem tivesse sido escrita certa de 1300 anos depois, Jesus ainda esperava que o povo de seus dias a entendesse e respeitasse como a mensagem de Deus a eles.

1 Coríntios 10:11; Romanos 15:4 — Paulo disse que as Escrituras do Velho Testamento foram escritas para ensinamento e admoestação do povo de seus dias, ainda que ele vivesse muitos séculos depois que as passagens tinham sido escritas.

Atos 17:11 — Os crentes de Beréia tinham mentes nobres, porque eles queriam examinar as Escrituras e determinar se lhes estava ou não sendo ensinada a verdade.

Evidentemente, Jesus e seus apóstolos esperavam que o povo visse a Escritura como a autoridade a ser estudada e respeitada como revelação de Deus, ainda que tivessem passado tanto como 1300 anos. Isto implica necessariamente que as Escrituras tinham sido preservadas cuidadosamente. Tudo isto é exatamente como estamos dizendo que as Escrituras deveriam ser vistas e usadas hoje em dia.

Homens inspirados apelaram para a autoridade do Velho Testamento para confirmar seu próprio ensinamento.

Lucas 24:27,44-46 — Jesus declarou que ele cumpriu Moisés e todos os profetas, e os Salmos. Aqui Jesus apela para todo o Velho Testamento como autoridade.

Atos 17:2-3 — Paulo demonstrou que Jesus era o Cristo raciocinando com o povo sobre as Escrituras.

João 5:39,45-47 — Jesus disse que Moisés e as Escrituras testificavam dele. (Observe que Jesus e seus apóstolos ensinavam que o evangelho substituiria o Velho Testamento como mandamentos de Deus para seu povo, mas isto era porque a Velha Lei tinha cumprido seu propósito e Deus tinha sempre pretendido substituí-la — Hebreus 8:6-13; 10:1-10; Romanos 7:2-7; Colossenses 2:14,16; Gálatas 3:23-24; etc. Em nenhum ponto eles afirmaram que a razão pela qual a lei deveria ser substituída fosse porque seu registro escrito tivesse ficado perdido ou pervertido em conteúdo.)

Homens inspirados usaram a evidência baseada em minúcias das Escrituras.

Mateus 22:31-32 — Tendo repreendido os homens por serem ignorantes das Escrituras, Jesus provou a ressurreição porque Deus disse, “Eu sou o Deus de Abraão...” (veja Gálatas 3:16). A prova de Jesus era baseada numa citação de Moisés, na parte mais antiga das Escrituras. Ela dependia da exatidão da palavra escrita em tempo de verbo e não teria significado nada se tivesse havido qualquer possibilidade de que a palavra escrita se tivesse tornada inexata.

É evidente que homens inspirados viam as Escrituras como a acurada revelação de Deus, e eles esperavam que outras pessoas em seus dias fizessem o mesmo. Mas, lembre-se de que esses homens reprovaram todos os pontos em que os judeus do seu tempo estavam em erro. Tivesse havido qualquer erro nas Escrituras dos judeus, esses homens inspirados certamente lhes teriam dito isso. Em vez disso, eles citaram as Escrituras e as respeitaram como autoridade de Deus.

Mas o Novo Testamento foi escrito, copiado, circulado, traduzido e preservado exatamente do mesmo modo que o Velho Testamento tinha sido. Deus descreveu o Novo Testamento como “Escritura”, exatamente como ele fez com o Velho Testamento. Ele claramente afirmou que o Novo Testamento seria usado como prova escrita de sua vontade para o homem, exatamente como o Velho Testamento tinha sido. Ele prometeu preservar o Novo Testamento, exatamente como ele tinha prometido preservar o Velho Testamento.

Se Deus preservou cuidadosamente o Velho Testamento durante múltiplos séculos até os dias de Jesus, em cumprimento de suas promessas, quem pode duvidar de que Deus preservou do mesmo modo toda a Bíblia através dos séculos até hoje? Todos os que crêem no poder de Deus deverão aceitar hoje a Bíblia como a palavra de Deus e deverão usá-la como o padrão de autoridade absoluto e infalível para ensinar a vontade de Deus para nossas vidas.

por: David Pratte

Parte 3: O cumprimento da promessa de Deus para preservar sua palavra



Parte 3: O cumprimento da promessa de Deus para preservar sua palavra


Aceitamos nossa Bíblia moderna como sendo um registro acurado da palavra de Deus por causa de nossa fé no poder de Deus e em suas promessas de preservar sua palavra. O cumprimento real destas promessas a respeito do Novo Testamento, contudo, tinha que ocorrer depois que o Novo Testamento foi compilado. Examinando as cópias antigas das Escrituras, podemos apreciar como Deus cumpriu totalmente sua promessa de preservar sua palavra.

Œ Evidência moderna do texto original da Escritura.

Hoje em dia não temos nenhum "autógrafo" ou manuscrito original da Bíblia na própria grafia dos autores. Mas, como mencionado antes, os homens copiaram cuidadosamente, citaram, circularam e traduziram a palavra de Deus através dos anos. Como resultado, hoje temos volumes de evidência para estabelecer o que os textos originais disseram.

Temos mais de 4500 cópias manuscritas da Bíblia nas línguas originais.

Alguns destes manuscritos estão completos, outros são fragmentos parciais. Alguns deles estão datados dentro de poucos séculos do tempo dos escritores do Novo Testamento, e uns poucos são datados dentro de poucas décadas do seu tempo.

Temos muitas traduções da Bíblia para outras línguas.

Temos milhares de citações da Escritura encontradas em escritos antigos não inspirados.

De fato, todos os versículos do Novo Testamento, com exceção de uns poucos, poderiam ser reproduzidos destas citações não inspiradas.

Comparada com os escritos de outros autores antigos, nossa evidência para o conteúdo da Bíblia é insuperável. Para outros escritos, "evidência convincente" pode consistir de apenas uns poucos manuscritos datados menos de 1000 anos desde quando os homens viveram. Mas com a Bíblia temos milhares de manuscritos datados menos do que 1000 anos desde quando Jesus viveu, e muitos manuscritos estão datados de menos de uns poucos séculos.

Estes manuscritos foram copiados por homens tais como os "escribas" dos dias de Jesus, que eram fanaticamente precisos em seu trabalho. Eles verificavam seu trabalho contando o número de letras e de palavras, linha por linha, página por página, etc. Nenhum erro era tolerado. Lembre-se de que Jesus freqüentemente discordava destes homens sobre suas explicações das Escrituras, mas ele nunca criticou a exatidão de suas cópias das Escrituras.

 Variações nos manuscritos

Mas o que são os "milhares de erros" que os críticos afirmam existir no texto? Estas são diferenças ou variantes que podem ser encontradas quando manuscritos antigos são comparados uns com os outros. Com todas estas cópias manuscritas, poder-se-ia naturalmente esperar que variantes tivessem penetrado no texto, a despeito dos melhores esforços dos copistas.

Mas a principal razão que temos para tantas variantes é que temos tantos manuscritos com que trabalhar. Por exemplo, se 2000 manuscritos soletram uma palavra de um modo e 2000 outros soletram a mesma palavra um pouco diferentemente, isto é contado como "milhares de variações".

Assim, o próprio volume de evidência que temos é o que leva a um grande número de variantes. Isto deveria ser tomado como evidência apoiando a preservação da Bíblia, em vez de evidência contra ela. Ficariam os críticos mais satisfeitos se tivéssemos muito menos manuscritos e portanto muito menos variações.

Qual é a natureza destas leituras variantes?

1. Grafias diferentes que de modo nenhum alteram o significado do texto.

Estas respondem por tanto quanto a metade dos escritos variantes! Isto seria como a diferença entre Ben-Hadad, Ben-Hadade e Benadade, nas traduções para o português. Nenhum estudante diligente poderia entender erradamente a palavra de Deus por causa de tais variantes.

2. Diferenças na ordem das palavras que de nenhum modo afetam o significado.

Exemplos poderiam ser "o Senhor Jesus Cristo" comparado com "Jesus Cristo, o Senhor". Ninguém poderia ser desencaminhado por tais instâncias. E, devido à estrutura gramatical das línguas, tais variantes na ordem das palavras são enormemente menos significativas em hebraico e grego do que em português.

3. Inserção ou omissão de uma palavra, ou uso de uma palavra diferente, sem que o significado seja afetado.

Exemplos seriam "Deus vosso pai" e "Deus Pai", ou simplesmente "o Pai".

4. Variantes nas quais frases inteiras ou sentenças são inseridas ou omitidas.

Estas parecem ser os problemas reais. Mas, de fato, nenhuma destas variantes afeta nosso entendimento da palavra de Deus, porque o ensinamento nos textos questionados pode ser encontrado claramente ensinado em outras passagens que não são questionadas. Freqüentemente, uma frase questionada (por exemplo, talvez uma frase no relato de Mateus) pode ser encontrada palavra por palavra no relato paralelo que está acima de questão (tal como, talvez, no relato de Marcos).

Em outros casos, o ensinamento pode não ser encontrado palavra por palavra em outro lugar, mas o conceito é inquestionavelmente ensinado em outro lugar. Os homens que estudam estes problemas dizem que estas "variantes significativas" perfazem menos do que um milésimo do texto do Novo Testamento. Se todas fossem postas juntas, ocupariam menos do que meia página. E nenhuma delas afeta o conteúdo total do ensinamento da palavra de Deus!

Sir Frederic Kenyon, que serviu durante 21 anos como Diretor e Bibliotecário Principal do Museu Britânico (que abriga muitos manuscritos antigos significativos da Bíblia), disse: "O cristão pode pegar toda a Bíblia em sua mão e dizer sem medo ou hesitação que ela contém a verdadeira palavra de Deus, passada sem perda essencial de geração em geração através dos séculos." Muitas declarações semelhantes de outros homens como esse podem ser citadas.

(O material desta parte foi coligido principalmente de: How We Got the Bible, por Neil Lightfoot; O Tema da Bíblia, por Ferrell Jenkins; e A Book about the Book, por John Jarrett.)

Ž Os Apócrifos

São chamados Apócrifos sete livros do Velho Testamento, mais algumas partes de outros livros, que são aceitos pela Igreja Católica Romana como sendo inspirados, mas são rejeitados pelos não católicos. Considere estas observações a respeito da inspiração dos Apócrifos.

Não há desacordo quanto a quais livros pertencem ao Novo Testamento.

O desacordo diz respeito aos livros do Velho Testamento. Mas os mandamentos de Deus para os dias de hoje estão no Novo Testamento, não no Velho. Por isso, os Apócrifos têm pouco significado doutrinário. Uma pessoa pode certamente aprender a verdade sobre como ser salva estudando a Bíblia católica, desde que obedeça ao texto do Novo Testamento, não do Velho Testamento (e certamente, não às notas de rodapé não inspiradas que a Igreja Católica acrescentou.)

O Velho Testamento hebraico, aceito pelos judeus tanto hoje como nos dias de Jesus rejeita a inspiração dos Apócrifos.

Este fato também não é disputado. Por exemplo, as Bíblias católicas admitem francamente o seguinte na introdução ao livro apócrifo de 1 Macabeus: "Judeus e Protestantes não consideram estes livros como Escritura Sagrada..." (citado da Nova Edição Católica St. Joseph).

Mas lembre-se de que Jesus e seus apóstolos usaram o Velho Testamento como os judeus da Palestina o aceitavam. Eles ensinaram os judeus pelas Escrituras judaicas e corrigiram os judeus em todos os pontos nos quais os judeus erravam, mas nunca discordaram deles sobre quais livros eles aceitavam das Escrituras. Evidentemente, Jesus e seus apóstolos concordaram com os judeus sobre quais livros aceitar no Velho Testamento. E os Apócrifos não foram incluídos.

Jesus e seus apóstolos citavam repetidamente os livros do Velho Testamento, mas nunca citaram ou apelaram para a autoridade de qualquer livro apócrifo.

Nem mesmo a Igreja Católica exigiu oficialmente que os católicos aceitassem os Apócrifos como canônicos até o Concílio de Trento em 1546 d. C.

O Dicionário Católico por Addis e Arnold (págs. 107-110), conquanto declarando que esses livros são canônicos, contudo admite os seguintes fatos: Î A tradição dos judeus palestinos no tempo de Jesus não aceitava os Apócrifos (lembre-se, Jesus era um judeu palestino que viveu e ensinou entre os judeus palestinos). Ï Os "pais" da igreja defenderam diversos pontos de vista sobre o assunto, e pelo menos um concílio católico manteve que os livros não eram canônicos. Ð Finalmente o Concílio de Trento declarou que os livros deveriam ser aceitos como "sagrados e canônicos" sob pena de anátema.

Existe muitas outras evidências, mas estas são suficientes para mostrar que os Apócrifos não deveriam ser vistos como Escritura verdadeira. E, mais uma vez, não há questão quanto a quais livros devem ser incluídos no Novo Testamento, que temos que obedecer para sermos salvos.

Conclusão

A palavra de Deus tem sido preservada para nós nos dias presentes numa forma que é completa e confiável. Nossa fé na preservação da Bíblia deverá ser baseada na promessa de Deus que ele preservaria sua palavra. Ele tem demonstrado, através da história, que ele tem mantido suas promessas e continuará a fazer isso.

Devemos apelar para as Escrituras como nossa fonte infalível da vontade de Deus. Devemos estudá-las diligentemente, obedecer aos seus preceitos, e ensinar outros a fazer o mesmo. Se esta não tem sido sua atitude para com a Bíblia, insistimos com você para que comece agora a estudá-la e a obedecê-la.

por: David Pratte

A preservação da Bíblia



A preservação da Bíblia

(To see the original English version of this article, click here)

Introdução

As pessoas às vezes cogitam se a Bíblia, como a temos recebido, é um registro acurado da vontade de Deus.

A Bíblia afirma ser uma mensagem que conta como Deus quer que vivamos. Muitas pessoas apelam para a Bíblia como o padrão do certo e do errado na moral e na religião. Mas podemos estar seguros de ter Bíblias que registram com exatidão a palavra de Deus?

Muitos críticos afirmam que "centenas de erros" têm penetrado nas Escrituras durante anos passados. Como resultado, alguns dizem que não precisam obedecer a Bíblia de modo algum. Outros dizem que precisamos de nova revelação, para que possamos conhecer a vontade de Deus nos dias de hoje.

Neste estudo consideraremos a preservação da Bíblia para ver se ela nos tem sido transmitida exatamente através dos séculos.

Foram perdidas partes? Partes inspiradas foram acrescentadas? O significado foi mudado pela tradução?

Nota: Para começar, não está no escopo deste estudo considerar a evidência de que a Bíblia foi inspirada por Deus. Esta questão pode ser respondida por aqueles que sinceramente cogitam, mas temos que apontar outros estudos que tratam desse tópico a tais pessoas. Neste estudo aceitaremos que a Bíblia foi originalmente revelada por Deus e consideraremos somente a questão se ela veio de modo acurado no tempo desde que ele a deu.

por; David Pratte

Por que os justos sofrem?



Assim como Deus manda a chuva, o sol e outras bênçãos tanto sobre os justos como sobre os injustos (Mateus 5:44-45), a Bíblia também ensina que todos (sejam justos ou injustos) têm que sofrer as conseqüências do pecado de Adão e Eva. Gênesis 3 registra o relato da queda de Adão e Eva. As maldições caídas sobre a terra como resultado são relatados em Gênesis 3:16-19. Elas incluem a dor do parto, espinhos e cardos, comer o pão "no suor do rosto", e, finalmente, morte. Estas maldições são universais. Todos estão sujeitos a dor, tristeza, infelicidade e a morte que são o resultado, não da crueldade ou indiferença por parte de Deus, mas da introdução do pecado no mundo.

A pessoa que está preocupada com o sofrimento dos justos precisa ler o livro de Jó. Ele era um homem rico a quem Deus tinha abençoado abundantemente. Jó 1:8 nos conta a estima de Deus por este homem: "Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, tememnte a Deus e que se desvia do mal."

Não há questão sobre se o subseqüente sofrimento de Jó era castigo por algum pecado grave. O livro constitui, na maior parte, de uma discussão que Jó tinha com seus "amigos", que tentavam convencê-lo de que ele estava recebendo retribuição por alguma maldade dele. Mas não somente Jó era inocente de qualquer pecado resultando em seu sofrimento incomum, mas é-nos dito mais tarde que "Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma" (Jó 1:22). O sofrimento acontece a jovens e velhos, bons e maus. Algumas pessoas parecem ter mais do que sua conta de calamidade, enquanto outras aparentemente escapam com pouca adversidade. A maioria de nós provavelmente cai em algum lugar entre estes dois extremos.

A adversidade, conquanto atribuída a um Deus cruel e injusto, realmente pode beneficiar-nos de muitos modos se estivermos determinados a servir o Senhor.

O sofrimento nos prova. Lemos sobre uma tal provação, em Gênesis 22, que deve ter sido desagradável para Abraão. Mas ele passou a provação e o resultado foi a promessa de grandes bênçãos através de sua herança, que beneficiaria toda a terra (leia os versículos 1 a 18).

Deus estava permitindo que Jó fosse experimentado com as aflições pelas quais Satanás o atormentou. Jó passou na prova e lemos, "Assim, abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro..." (Jó 42:12).

Não nos foi prometida grande riqueza material se passássemos nas provas de adversidade, mas nos foi assegurado que o Senhor cuidará de nós (Mateus 6:33), e que colheremos recompensas maiores do que a riqueza deste mundo.

O sofrimento nos fortalece. Quem não ouviu uma pessoa mais velha contar os "tempos duros" que enfrentou? Alguns falam de suas experiências para atravessar a Grande Depressão. Alguns relatam os contos pungentes da desgraça. Outros falam de tragédia pessoal que teve que ser suportada. Por que freqüentemente as pessoas têm orgulho dos tempos traumáticos em que viveram? É porque elas sabem que isto é evidência de um caráter e uma constituição fortes, que talvez foram forçadas sobre eles pelas suas adversidades. Converse com qualquer pessoa de riqueza ou alta posição que "abriu seu próprio caminho." Os tempos sobre os quais terá mais prazer em lhe falar são "naquele tempo quando eu não estava tão bem como agora." Elas gostam de recordar a luta, a dureza e a labuta que os colocaram onde estão. A maioria destas pessoas não trocaria estas experiências por nada, porque sabem que foram as próprias durezas que suportaram que lhes deram a força de caráter que agora possuem.

Devemos ser fortalecidos espiritualmente pelo sofrimento porque sabemos que Deus "...não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar" (1 Coríntios 10:13). Cada vez que você passa por uma provação, você está um pouco mais forte. Isto não somente o capacitará a enfrentar outras tentações contra as quais você irá contra, mas também lhe dará capacidade para ajudar melhor e encorajar outros que possam enfrentar dificuldades semelhantes.

O sofrimento nos humilha. Em 2 Coríntios 12:4-10 aprendemos que Paulo tinha uma enfermidade com o propósito de ajudá-lo a manter sua humildade e também para que outros não o exaltassem acima da conta. Na adversidade percebemos que nossa única segurança e força verdadeira estão em Jesus Cristo. Por nós mesmos não temos a força e a auto-suficiência das quais gostaríamos de vez em quando de nos exibir. Paulo disse: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Coríntios 12:10).

Acima de tudo, lembremo-nos de que nossa meta não é uma vida ditosa, despreocupada, nesta terra. Antes, estamos labutando e algumas vezes sofrendo para que possamos atingir o lar celestial que Jesus Cristo foi preparar para nós. Que as tentações, adversidades, perseguições, tristezas e dores nesta vida nos dêem uma mais profunda ânsia e apreciação pela esperança que fica diante de nós se formos cristãos e fiéis ao Senhor.

"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8:18). Torne-se um cristão para que possa ter esta alegria e paz de consciência.

por: Tom Moody

Evidências: A documentação da Bíblia



Há atualmente muitos que têm a impressão de que as Bíblias que temos hoje em dia não são fiéis aos documentos originais. Além do mais, há alguns que ainda pensam que os seus vários livros não foram escritos quando esses próprios livros declaram ter sido escritos. Algumas pessoas pensam que os Evangelhos, por exemplo, não foram relatos de testemunhas oculares como declaram ser, mas são antes narrativas míticas escritas muito mais tarde de modo a estabelecer a doutrina dos cristãos. Perseguindo este tipo de questão, não estamos tentando estabelecer se a Bíblia é inspirada, mas se é autêntica: se o texto é fiel ao original, e se os livros originais foram escritos quando eles declaram ter sido. Neste artigo, olharemos para algumas das evidências que podem nos ajudar a responder a este tipo de questão.

Para se entender a evidência para a Bíblia, é necessário ter-se uns poucos conhecimentos. Primeiro, sabemos que a Bíblia é uma coleção de livros escritos num período de alguns séculos por aproximadamente 40 diferentes autores. Estes livros são divididos em duas seções principais, que chamamos o Velho e o Novo Testamento. Há um período de centenas de anos entre a escrita do último livro do Velho Testamento e o primeiro livro do Novo Testamento. Os estudiosos que se ocupam das questões relacionadas com a autenticidade da Bíblia aplicam a ela exatamente os mesmos testes que aplicam a todos os documentos antigos (ainda que tendam a aplicá-los um pouco mais rigorosamente a um livro que se declara ser inspirado por Deus). Estes testes cobrem uma variedade de assuntos, incluindo tanto evidência interna quanto externa. Evidência interna é a que pode ser determinada olhando-se dentro das páginas dos próprios livros. Evidência externa inclui evidência arqueológica e científica, evidência histórica e cultural, e evidência do manuscrito, que é um documento escrito à mão. Para nossos propósitos correntes, um manuscrito é um documento escrito antes do advento do processo de impressão mecânico (cerca de 1450 d.C.). Por causa das circunstâncias da escrita da Bíblia, o estudo da evidência do manuscrito é geralmente dividida em duas áreas separadas, uma para cada Testamento. No interesse do espaço disponível, examinaremos alguma evidência somente do Novo Testamento.

Primeiro, é interessante notar que os mais antigos manuscritos do Novo Testamento, ainda em existência, datam mais proximamente do tempo da autoria do que é o caso com outros livros antigos. Os mais antigos manuscritos dos escritos de Heródoto, por exemplo, datam aproximadamente de 1300 anos depois de sua morte; e isto não é incomum em livros antigos. Em contraste, há um fragmento do Evangelho de João na Biblioteca da Universidade John Rylands, em Manchester, Inglaterra, que é datado de cerca de 125 d.C. Uma vez que os estudiosos geralmente concordam que João escreveu seu Evangelho numa data mais tardia (entre 60 e 90 d.C.) do que os outros três escritores do Evangelho, este fragmento é especialmente significante. Mais ainda, há um fragmento do Evangelho de Mateus encontrado entre os manuscritos do Mar Morto, datando de antes de 68 d.C. – menos do que 35 anos depois da morte de Jesus! Somando-se a estes, há manuscritos contendo o Evangelho de João, a Epístola aos Hebreus, e a maioria das Epístolas de Paulo, datadas de cerca de 200 d.C. Há manuscritos de todos os quatro evangelhos, bem como outros livros do Novo Testamento, de 200 e tantos d.C. E na sala de manuscritos da Biblioteca Britânica está o manuscrito chamado Sinaiticus, que é datado de 350 d.C., o qual contém o Novo Testamento inteiro. Concluindo, a evidência do manuscrito aponta para a conclusão de que o Novo Testamento foi escrito quando ele declara ter sido escrito: entre cerca de 50 a 100 d.C.

Mas as datas dos vários manuscritos não são o único fator importante. A mera quantidade deles é nada menos do que impressionante. Os mais antigos manuscritos do Novo Testamento foram escritos em papiro, que é relativamente frágil e sujeito a deterioração, nisso não diferindo do papel. Se você viu um recorte de jornal de data tão recente como 1970, percebeu que ele mostra sinais de deterioração depois de apenas 30 anos. Com isto em mente, é uma maravilha que qualquer dos antigos manuscritos em papiro do Novo Testamento tenha sobrevivido a um período de 1500 anos ou mais. De fato, há cerca de 80 de tais manuscritos. E estes são apenas o princípio. No quarto século d.C., o pergaminho substituiu o papiro como o principal meio para cópias da Bíblia. Há próximo de 3000 manuscritos de pergaminho do Novo Testamento Grego, datando do quarto século até o décimo quinto século, quando a imprensa passou a dominar. Em contraste, temos apenas uma cópia manuscrita dos Anais de Tácito, que viveu certa de 55 a 120 d.C., a mesmíssima era dos escritos do Novo Testamento.

Até aqui, em nossa discussão, olhamos somente para os manuscritos do Novo Testamento em Grego, que é a língua na qual foram originalmente escritos. Somando-se aos gregos, há também uma grande quantidade de manuscritos que são versões, traduções para outras línguas. O simples fato que o Novo Testamento foi traduzido é impressionante quando consideramos que era muito incomum traduzir livros no tempo antigo. E o Novo Testamento não foi traduzido somente uma vez, nem foi muito tempo depois da escrita que as traduções começaram a aparecer. A Bíblia foi traduzida independentemente tanto para o Latim como para o Siríaco, algo entre 100 e 150 d.C. Foi traduzida para o Copta (um dialeto egípcio) nos anos 200, para o Armênio e o Georgiano nos anos 400, etc. No todo, há 5000 manuscritos do Novo Testamento ainda em existência. Com tão grande número de manuscritos, foi inevitável que aparecessem variações entre eles. A questão que fica, então, é a extensão e a significância destas variações. Para responder a esta questão, primeiro consideraremos mais alguns fatos a respeito das versões.

Cada uma das traduções, naturalmente, começou uma nova tradição. Por exemplo, quando fizesse cópias da Bíblia em Armênio, o copista geralmente não teria acesso ao manuscrito grego do qual a tradução original foi feita. Assim, ele teria que copiar diretamente da própria tradução armênia. E do mesmo modo, ao fazer mais tarde revisões da tradução: os revisores teriam que ir buscar a armênia existente, junto com quantas edições Gregas eles tinham disponíveis para eles; mas não teriam acesso ao manuscrito do qual a tradução tinha sido feita originalmente. E é assim com cada uma das línguas para as quais a Bíblia foi traduzida. Então, quando olhar para a tabela anexa, tenha em mente que cada uma das linhas verticais representa uma linha separada de transmissão. Ao determinar a exatidão do texto, então, os estudiosos modernos podem comparar cópias do Novo Testamento em um número de diferentes línguas, representando diferentes culturas e diferentes pontos de vista religiosos.

Quando consideramos as grandes diferenças entre as várias culturas representadas pelas traduções antigas, e o grande número das doutrinas variantes existentes nas religiões dessas culturas, esperaríamos haver tremendas diferenças nos textos bíblicos. Mas esse não é o caso. Ao contrário, mesmo com o enorme número de manuscritos e a diversidade das línguas, aproximadamente 85% do texto do Novo Testamento nem mesmo é questionado: em outras palavras, não há discordância entre os manuscritos para esta porção do texto. Quanto aos 15% para os quais existem interpretações variantes entre os manuscritos, a maioria dessas interpretações variantes é facilmente reconhecida como falsa, simplesmente por causa da esmagadora evidência dos manuscritos contra elas. Quanto à pequena porção restante, a maioria das interpretações variantes que não são facilmente descartadas como não autênticas, são tão insignificantes que não mudam substancialmente o significado das passagens nas quais elas ocorrem (ver nota 4). De fato, o renomado estudioso da Bíblia F. J. A Hort estima que as variações “substanciais” (aquelas que afetam o significado da passagem) afetam apenas um milésimo do texto (veja nota 2). E, ainda nestas poucas instâncias onde o sentido da passagem é afetado ela interpretação variante, o ensino atual da escritura continua incontestado.

Em conclusão, podemos notar que a evidência do manuscrito para o Novo Testamento é verdadeiramente avassaladora. Se abordarmos o assunto objetivamente, temos que admitir que toda a evidência do manuscrito aponta para a veracidade e autenticidade dos livros. Foram escritos quando declaram ter sido escritos, e por quem eles declaram ter sido escritos. E mais ainda, o texto que temos hoje é fiel aos documentos originais. Qualquer declaração, então, de que “a Bíblia foi mudada”, ou que “os Evangelhos foram escritos gerações depois do fato” é demonstrável como falsa. Em conseqüência, qualquer argumento ou doutrina construídos sobre uma tal declaração se desintegra. Sempre que pegamos uma tradução literal da Bíblia, temos em nossas mãos uma versão substancialmente apurada de alguns documentos antigos autênticos e muito importantes.

por: Jim Robson

Obras citadas
1 - International Standard Bible Encyclopedia. G. W. Bromily, redator geral. 1988. Wm. B. Eerdmans Publishing Co. Vol. IV, p. 818.
2 - Kenneth L. Chumbley. The Gospel Argument For God. 1989. Página 26.

A ciência da fé



“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis...” (Romanos 1:20).

O debate evolução-criação é freqüentemente pintado como sendo “ciência versus fé”. Isto é enganoso, pois presume que a macroevolução seja um fato científico, e presume que a fé não tem base em evidência concreta. É uma afirmação preconceituosa, pois eleva a ciência e rebaixa a fé por modos que evitam a investigação honesta. Queremos considerar a natureza religiosa da evolução, a natureza da fé bíblica e tentar determinar se a fé é razoável ou não. Argumentamos que o assunto evolução-criação não é sobre ciência versus fé. Antes, qualquer crença sobre o modo como as coisas eram no passado exige fé de alguma forma. Queremos saber como a fé desempenha um papel tanto na evolução como na criação.

A natureza religiosa da evolução

No sentido mais amplo, uma religião é algo que faz surgir devoção, zelo e dedicação de seus adeptos. Ela geralmente envolve um código de ética e filosofia. É uma visão do mundo, uma tendência através da qual se vê toda a vida.

A evolução é, realmente, o principal ocupante da religião secular conhecida como “humanismo”, uma filosofia que não deve ser confundida com “humanitarianismo” (ser bom para as pessoas, etc.). Humanismo é um sistema de crença que é desprovido de Deus, considerando os humanos como objetos puramente naturais. É um ponto de vista religioso porque ressalta zelosamente o progresso humano e os padrões éticos e morais através de meios naturais. Seu deus é a própria natureza (ou mesmo a humanidade). Compare isto com o que se pode ler em Romanos 1:18-32. Observe como aqueles desta passagem põem Deus fora de suas mentes, e então se voltam para servir (adorar) a criatura antes que o Criador. Isto se torna a base para eles fazerem tudo o que queiram fazer.

A tendência humanista é vista em Humanist Manifestos I e II. Estes documentos apresentam, em essência, o credo humanista. Ela nega explicitamente Deus, argumentando que a crença no sobrenatural é “ou insignificante ou irrelevante para a questão da sobrevivência ou realização da raça humana. Como não-teístas, começamos com humanos e não com Deus, com a natureza e não a divindade. A natureza pode, na verdade, ser mais larga e profunda do que agora conhecemos; quaisquer novas descobertas, contudo, apenas aumentarão nosso conhecimento do natural” (Kurtz 16). Observe como, começando sem Deus, cada explicação para tudo é naturalista. Não têm espaço para Deus em seu pensamento. Contudo, é a partir desta visão do mundo que eles estabelecem seus próprios padrões éticos e morais pelos quais pensam que todos deveriam viver.

Se não há nada sobrenatural que seja significativo ou relevante, então eles precisam de algum modo para explicar como os humanos e o universo vieram a existir. Entra a teoria da evolução. Ele fornece um “meio intelectual” pelo qual podem responder a tais questões, rejeitar a crença em Deus e estabelecer seu próprio sistema ético. Se somos meramente o resultado do acaso, processos naturais, então devemos ter capacidade e liberdade para buscar qualquer coisa e tudo que nos faz “felizes”. Isto é tudo o que o humanismo é, e a evolução dá o mecanismo para ser capaz de pensar deste modo.

Os evolucionistas geralmente argumentam que há necessidade de separação entre religião e ciência. Contudo, eles parecem ansiosos por usar sua ciência “como uma base para pronunciamentos sobre religião. A literatura do Darwinismo é cheia de conclusões anti-teístas, tais como que o universo não foi projetado e não tem propósito, e que nós humanos somos o produto de processos naturais cegos que não se preocupam nada conosco. E mais ainda, estas afirmações não são apresentadas como opiniões pessoais mas como implicações lógicas da ciência evolucionista” (Johnson 8-9). Eis porque há um tal debate sobre o relato da criação em Gênesis. O que Gênesis descreve contradiz claramente a agenda evolucionista.

Humanistas e evolucionistas são religiosos no seu zelo em evangelizar o mundo, “insistindo que mesmo não-cientistas aceitam a verdade de sua teoria como uma questão de obrigação moral” (Johnson 9). Então, ainda que não exista Deus no pensamento evolucionista e humanista, seus devotos seguidores ainda têm uma filosofia religiosa básica que afeta suas vidas tanto quanto as de qualquer um que creia em Deus. Assim, a questão não é realmente se crêem ou não em Deus, mas em qual “deus” eles confiam.

O que é a fé?

Muitos que pensam que há uma contradição entre ciência e fé definem a fé como sendo “crença inquestionável” ou “crença sem evidência”. Isto pinta a fé como sendo cega, às vezes crendo mesmo em algo quando existe evidência para mostrar que esta crença é errada. Tal fé dizem ser “comum em contextos religiosos” (Burr e Goldinger 533). Isto pode descrever a fé de alguns, mas é este o quadro da fé que nos é dado na Bíblia? De modo nenhum; de fato, tal visão da fé escapa da verdade seriamente.

Na Bíblia, a fé pode ser definida como completa confiança, confidência ou segurança. “Crença” é, talvez, uma das melhores palavras para descrever a fé. Ela vai além de simplesmente crer em alguma coisa. Muitos crêem em coisas, mas não querem pôr sua confiança em suas crenças. Isto não é fé. A verdadeira fé é atingida quando as pessoas sabem no que crêem, porque crêem nisso, e são devotados a agir por suas crenças. Tiago 2:14-26 mostra que tal ação é necessária de modo a exercer a fé que agrada a Deus. Quando a verdadeira fé existe, ela permanece como o embasamento para a esperança, e dá os meios pelos quais podemos ser agradáveis a Deus (Hebreus 11:1,6).

É um conceito enganoso pensar que toda fé seja desprovida de evidência. A fé não exige que se seja uma testemunha ocular de tudo o que é acreditado, mas deverá apoiar sobre evidência adequada. Por exemplo, tenho fé em que minha mãe seja realmente minha mãe física. Eu não verifiquei isto cientificamente, mas a evidência é tal que não seria razoável eu pensar de outro modo. Há testemunhas oculares e documentos como evidência. Agora, eu confio que isto seja verdade, mas não é fé cega de modo nenhum. Eu também tenho fé em minha esposa. Eu confio que quando ela promete fazer alguma coisa, ela o fará. Eu não testemunhei tudo o que ela sempre tem feito, mas seu registro é tal que eu deverei ter fé nela. Isto não é crença sem evidência, mas tampouco eu posso verificar cientificamente esta fé.

Quando se trata de fé em Deus como Criador, acreditamos que a evidência é tal que garante a resposta de fé, ainda que não possamos cientificamente provar tudo sobre Deus. Na Bíblia, muitos exemplos mostram um apelo à evidência de modo a confirmar uma declaração e promover fé. Leia João 10:37-38 e Mateus 11:2-5. O próprio Jesus apelou para o que poderia ser visto e ouvido. Ninguém estava pedindo a outros que acreditassem sem evidência. A fé bíblica não é ingênua.

Então, o que tudo isto tem a ver com o conflito sobre a evolução? Primeiro, mostra que a representação disto sendo uma contradição entre “fé e ciência” é falsa. Admitimos que a fé é envolvida em crer na criação, mas isto não nega ou contradiz o estudo científico. Segundo, contudo, é a necessidade de entender que a prática da ciência em si envolve um grau de fé. Aqueles que aceitam a teoria evolucionista o fazem na base da fé. Eles acreditam que têm evidência ao pensar do modo como o fazem, e baseados nisto eles põem sua confiança em suas teorias.

A ciência em si é baseada em certas pressuposições, tais como a realidade da verdade, a capacidade da mente humana de perceber adequadamente o mundo e a idéia de que os números e a linguagem têm significado verdadeiro. Estas coisas não podem ser comprovadas cientificamente, por isso um certo grau de fé precisa ser exercido. Mais ainda, o próprio sistema evolucionista exige crença.

Todo o conceito de que a vida começou sem inteligência e que tudo existe e chegou ao estado presente através de um processo não dirigido é uma crença. Não pode ser cientificamente verificado nem falsificado. A idéia de que a vida começou em alguma substância como uma sopa e então gradualmente evoluiu para se tornar animais terrestres, depois como criaturas voadoras, é uma crença. Precisa-se “confiar” que esta crença seja verdadeira, pois nunca foi cientificamente comprovada.

O assunto, então, não é se a fé está ou não envolvida na batalha sobre criação e evolução; a fé está envolvida. O assunto é a própria evidência, e como esta evidência tem que ser interpretada. Como esta evidência é interpretada depende da fé e da tendência que se tem. A questão real então cai para qual fé, ou qual tendência, é a mais razoável para se ter.

A fé é razoável?

A fé é uma parte essencial da vida diária. Confiamos em que as coisas operarão normalmente, e passamos o dia com tal confiança. Contudo, raramente pensamos nela nestes termos. Pense nisso. Quando comemos uma refeição, não confiamos naqueles que a prepararam? Se comprarmos alguma coisa no mercado e a comermos, não estaremos confiando que aqueles que a fizeram e a colocaram ali não a envenenaram? Quando um dos pais ou esposo põe uma refeição na mesa, quem não confia que um deles não pôs nela algo que nos matará? Não confiamos em outros membros da família quando vamos para a cama à noite? Confiamos que nossos amigos, nossos empregadores e outros são o que são. Não fazemos normalmente qualquer investigação científica, mas geralmente cremos e pomos nossa fé em outros diariamente. Ficaríamos loucos se não fizéssemos isso.

Quando entro no meu carro e giro a chave, eu confio em que ele funcionará. Se não, eu posso ficar irritado e começar a dizer que é um veículo “infiel”. Há, ainda, um exercício de fé. Temos sucesso, empenhamo-nos em atividades e vivemos nossas vidas com crenças e com fé. É razoável viver deste modo? Mais uma vez, imagine como seria se não vivêssemos deste modo. Seria o caos, o desespero e a paranóia. De fato, argumentaríamos que não é razoável não viver deste modo.

Quando se trata de fé em Deus, percebemos que não podemos provar cientificamente tudo, mas isto não muda a natureza razoável de nossa fé. A evidência existe, e confiamos nela (veja Salmo 19:1). A fé é razoável quando apresentada com a evidência de um Criador.

Não é razoável argumentar que a fé é oposta à ciência, uma vez que a própria ciência exige um grau de fé. Então, a posição razoável é que a fé é parte da vida; onde pomos a nossa fé depende de como vemos a evidência que nos é apresentada.

Em resumo

A fé e a ciência são compatíveis. Devemos evitar vê-las como opostos, e começar a ver como podem trabalhar juntas. Uma não desaprova a outra, ao contrário elas podem ressaltar e ajudar uma a outra.

A crença na evolução realmente tem uma natureza religiosa em si. Muitos seguidores devotos buscam evangelizar outros a respeito dela, e pronunciam coisas negativas sobre a crença em Deus. A evolução é uma parte do humanismo secular, um sistema que é sem Deus. Não deveria, portanto, ser vista como apenas uma outra maneira válida de ver o mundo.

O macro evolucionismo é intrinsecamente oposto à criação.

A fé envolve confiança. Aqueles que crêem num Criador o fazem pela fé, aqueles que acreditam na evolução também têm uma fé. Assim, não é que a ciência seja toda pela evolução, enquanto a religião é apenas crença supersticiosa. A evolução é uma fé, e assim é a criação. Com isto em mente, pode-se por a criação e a evolução em condição de comparação para ver qual é mais razoável. Nossa asserção é que a criação é a posição razoável.

por: Doy Moyer