Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sergio Lopes - O lamento de Israel



O Lamento De Israel Sérgio Lopes

Quando em cativeiro te levaram de Sião
E os teus sacerdotes prantearam de aflição
Foi como morrer de vergonha e dor
Caminhava triste o povo forte do Senhor
Ah, Jerusalém, por que deixastes de adorar
O Deus Vivo que em tantas batalhas te ajudou
Chora Israel, num lamento só
Talvez Deus se lembre do destino de Jacó!

Chora, Israel
Babilônia não é o teu lugar
Clama ao teu Deus, Ele te ouvirá
Do inimigo te libertará

Ka'asher mitsion le shevy lakchu otcha
Kol hakohanim bakhu beyagon gadol
Zeh hayah kilmah shekistah panym
Ha'am shel Elohim hayah atsuv, atsuv me od

(*) yerushalayim madua lo he eratsta et Elohim
She azar lecha tamyd bekravym rabym
Kra'Ysrael el be etsev yachyd
Ulay hu Elohim yzkor et b'ney Ya'ackov

Kra'Ysrael, bavel hu'lo, hu'lo mekomcha
Kra'le Elohim hu yshmoa'otcha
Elohim chaym yoshyecha



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Só encontro a palavra amor!




Já não há flores,
nem odores,
nem sofrimento!
Sinto o silêncio
a sacudir-me o pensamento...
Subo ao pico mais alto,
neste momento,fecho os olhos
e tudo o que faço é sentir-me...
Sinto-me dentro do coração,
em cada emoção,
e as palavras
que agora caiem
no meu regaço branco,
têm o conceito da plenitude
do que para mim é absoluto,
e só encontro a palavra amor!
Respiro-a, viro-a, toco-a, cheiro-a
e nela a ausência de tudo volta
e toma-me, nesta serena, doce
e incondicional calma.
Chovem sentidos,
fragrâncias envolvem-me,
aos meus ouvidos
chega o crepitar
de uma lareira,
que me aquece
e me incendeia,
na minha mão sinto
a mão do amor,
torno tudo simples,
olho e vejo a vida,
com serenidade,
recolho e registo olhares,
perdoo os que não tive,
afago todos os que recebi,
prendo-me por um instante
naquele abraço que dei,
que tanto significou para mim,
e penso em todos os momentos
que tive e que já não tenho.
A coragem que tive e tenho,
no meio das lutas, fazem os medos
congelarem-se no branco plácido
da página que te escrevo.
Realizo hoje todos os sonhos
que trago no pensamento,
aqueles que trago em mim
já não são mais a espera
mas inequivocamente
eles hoje e só hoje fazem sentido.
Guardo no pensamento o silêncio
de mais um dia para viver de novo
com sentido!

Alice Barros


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Os nossos encontros, variam na duração do percurso




Penso,
nas relações
das almas
como algo
muito semelhante
a uma grande árvore
com milhares de folhas.

Penso,
que as folhas,
aquelas que estão
no mesmo ramo
são aquelas
com quem temos
mais proximidade
e maior intimidade,
por isso mesmo podemos
partilhar experiências
de alma.

Penso,
que a existirem
várias folhas
no nosso ramo,
a proximidade do ramo
ao pé do nosso,
apesar de partilharmos
o mesmo tronco,
não é a mesma que temos
com as folhas
do nosso ramo.

Penso,
que à medida
que vamos analisando
e percorrendo a árvore,
podemos concluir,
que estamos relacionados
com as folhas
mas não de forma tão intima
como aquelas
que estão ali
ao nosso lado.

Penso,
que podemos
partilhar experiências,
conhecermos-nos mutuamente
mas as do nosso ramo
são sempre aquelas
com quem temos
uma maior intimidade.

Penso,
que os nossos encontros,
variam na duração do percurso
podem durar cinco minutos,
uma hora, um dia, um mês,
uma década ou talvez mais,
é desta forma que nos ligamos
como almas, e verificamos
que não é o tempo que determina
os encontros, mas as lições
que aprendemos nesta vida.

Alice Barros

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Olhar o mundo com coração de formiga!




Olhar-te é acolher
o que de mais belo existe!

Olhar-te é sentir que o mundo
pode cair, mas ter a certeza
de que tu o levantas,
para isso basta ter,
paz, amor, fé, confiança
e uma dose de perseverança.

Olhar-Te é sentir o pulsar do mundo
neste pulmão que respira sofregamente
insuflar-lhe ar, para que ainda respire
segurar com as minhas, as tuas mãos
e correr a colher flores,
ser afagada pela brisa,
comer um prato de comida
mesmo com as mãos caídas
à espera que tu me sacies
a fome com as tuas mãos
vestidas de paciência
com tempo de te doares,
com o teu amor, fazeres cair
a indiferença, e livrares
a minha vida desta impotente
ausência de movimentos.

Sento-me na terra seca
pelo sol e contemplo
as obras da Tua mão,
olho as árvores e o passaredo
em seus voos aos pares
indo e vindo aos milhares.

No chão olho e observo
os caminhos de formigas,
comovo-me quando vejo
estes seres tão pequeninos,
carregam armazenam e guardam
os alimentos para o celeiro,
trocam carinhos no caminho,
dividem o peso umas com as outras,
carregam uma que moribunda no caminho
sucumbiu e choram...

Quero sempre guardar esta imagem
e olhar para o mundo
com coração de formiga.

Alice Barros

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Prelúdio de um sorriso




Sorrindo...
ao de leve,
doçura
linguagem
gestos
olhares
melodias
miragens
sentido
doce
tempo.


Elevando...
Orações
doando
cuidando
protegendo
contemplando
louvando.

Almas e corpos
como sementes
pensamentos
harmonia
prelúdio de um sorriso
neste derramar
de olhares, sentindo.

Entre o que és
entre o que sou
emergiu agora
um sorriso
que floresceu
dentro de ti
dentro de mim
abrigo eu,
abrigas tu...

Sorrisos contagiantes
Olhares compenetrados
puros, alvos, brotam da alma
sorrisos ternos,
tímidos
no limiar do amor
Da ternura e gestos
que afloram.

Sorriso
dos lábios sedentos
dos olhos que derramam
seiva de amor sublime,
ao tocar nas tuas mãos
de menino a vestir-se
de luar e com a sua melodia
a compor a magia.

Balbucia docemente
contorna o relógio do tempo
param mares e oceanos
ficam apenas sorrisos
que com rumo, se aprumam
numa constante magia
a enfeitar a boca
que em festa
se desprende
e solta-se o beijo.

Alice Barros

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