Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Natal despido de quereres revestido de paz amor e união!




Natal de mais um ano em que se comemora,
enchem-se os corações de boa vontade
neste tempo em que nasce um menino
que como Salvador veio ao mundo
derramar o seu amor, tão humilde Ele nasceu
por muitos rejeitado, tratado como filho do pecado.
Veio em forma de salvação reunir as famílias
trazer o perdão, como forma de libertação.

Muitos sem a noção exacta do verdadeiro sentido
desta data em que se comemora o nascimento do menino Jesus,
inventam prendas para oferecer uns aos outros
em vez de se oferecerem em consagração ao menino
que por nós veio ao mundo, para nos manter em união.

Num gesto de prontidão cheio de determinação
recolho todos os papeis de várias cores
amasso-os e encho contentores,
na reciclagem faço cobertores.

Dos laços faço abraços, dos presentes
faço alimentos e das lágrimas faço
o lago para banhar todos os corpos
sofridos e por fim sossego o pranto
num lamento tão sentido, do céu abrem-se
as portas e uma escada se solta.

Elevo os olhos ao céu vejo miríades de anjos
descerem, para ajudar os anjos terrenos
que tecem agora na reciclagem
dos amassados papéis coloridos,
milhares de cobertores de mil cores.

Trabalham para agasalhar os sem abrigo
que tremem e choram na alma as dores
e olham as luzes de muitas cores
cujo calor vazio os adormece
e dilacera os seus humildes quereres.

Clamando apenas para que em troca
daquele brilho fútil, haja mais amor
em forma de cobertores, tecidos pelo amor.

Agasalhados serão pelos corações
dos anjos em acção que providenciam com precisão,
pão, abrigo e protecção afagando com gestos de amor
e carinho os tremores dos seus corpos esquecidos
pelas sociedades egoístas que apenas fazem inúmeras listas
de presentes caros envoltos em laços,
ausentes de abraços repartidos, de sorrisos divididos
pelos pobres e sem abrigos deste mundo.

Vem a vontade dos anjos terrenos
igualar-se aos celestiais.

Dos cobertores tecidos na reciclagem
através dos papéis coloridos ganham mil sorrisos
que são agora o brilho das luzes,
dos laços ganham abraços e por eles são aquecidos
e dos presentes os alimentos que fazem seus corpos
mais fortalecidos.

Dos rostos que antes eram ausentes,
brilha uma meiga luz, e são agora os teus e os meus olhos
que brilham na luz daqueles olhos que antes sem abrigo
resplandecentes são agora as luzes que enfeitam
todos os pinheiros do mundo.

Alice Barros


Creative Commons License
Atelier de jesus by Alice Barros is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Portugal License.

É no coração de Deus o seu nome e abrigo.





São tantas as maldades no coração do mundo
são de fel os vómitos e dejectos que expelem
em palavras que são pedras que apanham neste chão imundo
que arremessam e de ninguém se compadecem
para atingir os seus fins,
no palco insano mórbido doentio
e devasso das suas mentes sem escrúpulos,
cavam sepulturas à espera de alguém para poderem enterrar
mas o que não sabem é que o amor, ele veio para reinar,
nos corações que ainda abraçam o mundo
com seu jeito de ninar e num abrigo tão profundo
no recôndito do seu ser, ele sabe apenas
que é no coração de Deus o seu nome e abrigo.

Alice Barros


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