Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

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quarta-feira, 6 de abril de 2011

O que é que eu fiz?



O que é que eu fiz?

Vendedores e comerciantes dão a isso o nome de "arrependimento do comprador". É o tipo de coisa que se sente quando se compra um carro novo. Você assinou no espaço reservado para esse fim. Comprometeu-se de fazer prestações durante muitos meses. Então começam a surgir em sua mente as perguntas: "Será que eu não devia ter esperado um negócio melhor?", "Será que me passaram a perna?", "Será que não dava mesmo para ficar com o carro velho?", "E se eu perder o emprego e não conseguir pagar a dívida?", "O que é que eu fiz?".

O mesmo tipo de dúvida pode surgir depois que você fez o maior compromisso da sua vida tornar-se um discípulo de Jesus. Você fez o que era certo? Você foi enganado por algum mestre falso? Você fez realmente o que Deus queria que fizesse? Você está realmente salvo?

É bom reexaminarmos a nossa conversão a Cristo para lembrarmos de "quando no princípio cremos" (Romanos 13:11). Paulo desafiou os discípulos de Corinto: "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados" (2 Coríntios 13:5). Outros foram incentivados a se lembrar "dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos" (Hebreus 10:32). Conheço cristãos que, logo após a conversão, registraram exatamente o que tinham feito, por que tinham feito e como se sentiam por ter feito. Ler tal registro podia ser bem útil para manter viva a lembrança de nossa primeira resposta ao evangelho. Mas, independente das circunstâncias específicas de sua conversão, você no fundo fez o que cada discípulo fez. Há uma uniformidade em todas as nossas experiências. "Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos" (Efésios 4:4-6). Vamos rever o que fizemos.

A seqüência de acontecimentos essenciais na conversão é identificada em Romanos 10:10-17: pregar, ouvir, crer, invocar a Jesus e confessá-lo como Senhor. Padrão semelhante encontra-se em 1 Coríntios 15:1-4; o evangelho foi pregado e aceito; salvou; está sendo guardado. Esse evangelho de que todos ouvimos começa com a péssima notícia de que estamos perdidos por causa de nossos pecados contra Deus (Romanos 3:23; 6:23). Jesus deu sua vida sem pecado em sacrifício para pagar os nossos pecados (Hebreus 9:14). Cremos no testemunho das testemunhas que escreveram sobre a sua vida, seus ensinos, sua morte e sua ressurreição (João 20:30-31). Fomos atraídos a ele pela história da cruz (1 Coríntios 1:18). Nós o amamos porque ele nos amou primeiro (1 João 4:19). Lamentamos ter pecado e nos voltamos a uma nova vida, em que aprendemos de Jesus e o servimos. Por sua ordem, fomos batizados, enterrando o velho e ressurgindo para uma novidade de vida em Cristo (Marcos 16:16; Romanos 6:3-4). Concordamos em observar todas as cosas que ele mandou (Mateus 28:19-20).

Fizemos o mesmo que fizeram 3.000 pessoas ao ouvir o apóstolo Pedro pregar o evangelho em Jerusalém (Atos 2). Fizemos o que o eunuco etíope fez quando Filipe lhe ensinou sobre o Cordeiro que foi levado ao matadouro (Atos 8:27-40). Fizemos o que Saulo de Tarso fez quando descobriu a verdade sobre Jesus (Atos 9; 22; 26). Fizemos o que Cornélio e sua família fizeram (Atos 10); o que Lídia e sua família fizeram (Atos 16:12-15); o que o carcereiro e sua família fizeram (Atos 16:25-34); o que muitos coríntios fizeram (Atos 18:8). Nossas histórias são todas iguais. Todos viemos a Cristo.

Rever o que fizemos fortalece a nossa fé naquilo que foi feito para nós. Deus nos "fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz. Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados" (Colossenses 1:11-14). Passamos "da morte para a vida" (João 5:24). "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus" (1 João 3:1).

por: Steve Cawthon

Continue com o Senhor!



Continue com o Senhor

[Nota do redator: Começamos neste número uma série de artigos, escritos por diversos cristãos, dirigidos aos recém-convertidos. O propósito destes artigos é ajudar o novo cristão entender o seu papel, compreender mais sobre os desafios da nova vida e ser vitorioso nas batalhas do dia-a-dia. Que Deus abençoe cada novo discípulo com oportunidades para crescer na graça e no conhecimento do Senhor e Salvador.]

Parabéns! Você tomou a melhor decisão da sua vida S seguir a Jesus Cristo. Bem-vindo à família de Deus.

Como ocorre em qualquer família, a chegada de um novo membro é um momento importante e de grande alegria. Nos dias que se seguem, haverá muito aprendizado, crescimento, muitos desafios, perigos, lutas, surpresas, oportunidades e uma valorização cada vez maior do Senhor que lhe salvou.

Há muitos anos, quando a igreja de Jerusalém soube que algumas pessoas de Antioquia tinham-se tornado discípulos de Cristo, enviou para lá um irmão chamado Barnabé, a fim de os ajudar. Barnabé tinha sido apelidado "filho da exortação", porque ajudava muito os outros irmãos (Atos 4:36). "Tendo ele chegado e, vendo a graça de Deus, alegrou-se e exortava a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor" (Atos 11:23). Agora, é possível que você pense ser desnecessária essa exortação. Por que um cristão, salvo do pecado e da morte e esperando a alegria eterna do céu, iria até mesmo pensar em se afastar do Senhor? Mas Jesus ensinou na parábola do semeador que alguns de seus seguidores cairiam em momentos de tentação e outros deixariam de segui-lo por causa dos cuidados desta vida (Mateus 13:1-23). "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé . . . " (1 Timóteo 4:1). Assim, lemos na história da igreja do primeiro século que pessoas como Barnabé e Paulo viajaram bastante "fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firme na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus" (Atos 14:22).

Embora saibamos da necessidade de avisá-lo de alguns perigos que você enfrentará e deixá-lo a par da possibilidade de cair: "Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à salvação, ainda que falamos desta maneira" (Hebreus 6:9). Ainda que haja perigos para os quais devemos nos preparar, há também a disposição dos filhos de Deus auxílio e fortalecimento. Promete-se "a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade" (Romanos 2:7).

Quando 3.000 pessoas aceitaram a palavra e foram batizadas em Jerusalém no Dia de Pentecostes, "perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações" (Atos 2:42). Elas tinham muito que aprender e estavam ansiosas para crescer em Cristo. Esperamos que essa seja a sua atitude.

Os vários artigos nesta e futuras revistas foram escritos especialmente para os novos convertidos por pessoas que amam a verdade e amam os seus irmãos em Cristo. Escrevemos sobre alguns assuntos importantes que, cremos, o instruirão e incentivarão "a perseverar na graça de Deus" (Atos 13:43).

por: Steve Cawthon

Posso me manter fiel?



Sentados num banco em meio a um conjunto habitacional, a conversa ficou séria.

- O que lhe impede de obedecer ao evangelho? - perguntei.

As lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto.

- Simplesmente não creio que possa fazer o que o Senhor espera de mim - respondeu ele.

- Você tem razão! - eu disse. - Não por si só, mas com o Senhor do seu lado, você pode!

Raciocinamos juntos um pouco mais, e naquela mesma noite ele decidiu tornar-se cristão.

Um acontecimento isolado? Creio que não. Aliás, esse quadro se repete freqüentemente e reflete o medo que muitos carregam no coração. "Se me tornar cristão, poderei permanecer fiel?" "Será que vou conseguir terminar o que tiver começado?" "Será que vou conseguir pegar e não largar?" "Será que algum dia ficarei mais forte e serei mais útil no reino?"

Em Miquéias 7:8 lemos: "Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei". Isso é decisão! Salomão escreveu em Provérbios 24:15-16: "Não te ponhas de emboscada, ó perverso, contra a habitação do justo, nem assoles o lugar do seu repouso, porque sete vezes cairá o justo e se levantará". Isso se chama determinação!

As Escrituras estão repletas de admoestações aos cristãos para se manter firmes e procurar não cair. Pedro adverte-nos para não sermos "arrastados pelo erro desses insubordinados" e cair "da vossa própria firmeza" (2 Pedro 3:17). Você já observou pedreiros erguendo um edifício de vários andares, andando de uma viga para outra, centenas de metros acima do chão? Eles devem sempre ter o cuidado de não perder o equilíbrio, escorregar na direção errada e cair. O nosso adversário, o diabo, usa toda tentação que ele pode conseguir e todo engano imaginável para fazer-nos cair. Assim, Pedro nos admoesta: "Sede sóbrios e vigilantes" (1 Pedro 5:8). Precisamos ser como esses pedreiros S precisamos prestar atenção em onde andamos, estar atentos. Por quê? Ninguém está tentando empurrar o pedreiro de cima do andaime, mas ainda assim ele precisa tomar cuidado! Satanás está sempre tentando nos tirar de cena. Precisamos todos ser sóbrios e vigilantes e fazer todo o possível para não cair.

As pessoas boas às vezes são surpreendidas num pecado (Gálatas 6:1). Em nossa vida cristã, aprendemos bem rápido que, embora procuremos não cair e tropeçar, isso acontece. Essa descoberta pode ser esmagadora, se não tomarmos cuidado. O que devemos perceber é que homens como Noé, Abraão, Moisés, Davi e Pedro foram homens bons. Ainda assim, todos pecaram, e alguns flagrantemente. Ter ciência de que ninguém está totalmente livre do pecado ajuda-nos a enxergar as coisas pela perspectiva correta (1 João 1:7-9).

A questão é: "Quando você tropeçar e cair, o seu inimigo ficará satisfeito?" Se desistimos e ficamos prostrados, sim. O nosso inimigo se orgulhará e se vangloriará de ter derrotado o propósito de Deus em nossas vidas, qual seja, glorificar a Deus. Mas ele não pode regozijar-se se escolhemos nos levantar da queda, confessar os nossos pecados e pedir perdão (1 João 1:9). Satanás ficou contente com o rei Saul quando este caiu e não se ergueu dos seus pecados, mas, quando Davi caiu, a alegria de Satanás foi apenas momentânea, porque Davi voltou a si e reconheceu o seu pecado (Salmo 51:1-3).

Vemos muitos por quem Satanás está se alegrando. Depois que eles obedeceram ao evangelho de Cristo e começaram a nova vida, Satanás não desistiu. Ele usou todo expediente sedutor possível até descobrir exatamente aquele que lhes serviria de isca. Ele teve êxito em convencer: "Viu, vocês não conseguem viver isso; é melhor desistir." E foi o que fizeram! Mas também vimos aquele a quem Satanás derrubou, mas não conseguiu manter caído. Sim, pecou, mas se levantou novamente.

Satanás não pode alegrar-se com um filho de Deus que odeia seus pecados, confessa-os e clama pela misericórdia de Deus! Alguns começam a vida cristã decididos a serem perfeitos. Quando eles não conseguem se manter nesse nobre ideal, acham-se hipócritas se continuarem reunindo-se com a igreja e ajudando na obra do Senhor. O que eles não conseguem enxergar é que hipócritas são as pessoas insinceras. As pessoas humildes e penitentes, embora fracas às vezes, não são hipócritas! Davi diz em Salmo 103:14: "Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó". Não, Deus não deixa de ver as nossas imperfeições, mas ele entende que as tenhamos. E foi sabendo disso que foi impulsionado a enviar o seu Filho para morrer na cruz em nosso lugar. Que coisa boa para se pensar!

Se Deus tivesse dado a cada um de nós só uma oportunidade, ou mesmo duas, jamais conseguiríamos. Temos um sumo sacerdote misericordioso, bem como um Pai de perdão, e realmente não há desculpas para qualquer um de nós jamais desistir (Hebreus 4:14-16).

por: Bill Fairchild Jr.