Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

As brasas do meu coração!





Amor, deixa o meu sorriso estar no teu
e deixa o teu ser meu também,
deixa que os teus suspiros andem
de mãos dadas com o calor dos meus,
mesmo nas madrugadas mais geladas,
deixa-me dá-los a quem não os tem.
Deixa-me fazer da tua vida uma doce
melodia, e depois, depois acordarás vivo,
com ela gravada em ti, para que não te percas,
mas não a guardes só em ti...
Deixa que aquilo que tu sentes seja vivido,
não só por mim e por ti, mas dêmos-lhe voz
para que possa ecoar da minha e da tua alma,
como uma brisa e recolhe com ela, os destroços
das almas, quando de mim te ausentares.
Deixa que as brasas do meu coração,
inflamem o teu e que como brasas vivas
possamos juntar-nos em oração, e abençoar
muitas vidas.
Deixa que o brilho do me olhar te abrace
que a confiança te sustente, te renove
o coração e seja Ele aquele que te alimenta
de fé em fé, e por fim, deixa-O agigantar-se
no teu coração, para que tu diminuas e Ele
cresça em ti.

Alice Barros


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Atelier de jesus by Alice Barros is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Portugal License.

Vamos sair amor?




Vou tapar os teus olhos
com as estrelas
agora é tempo de sonhar
coloca os pés em cima dos meus
para não tropeçares.

Vem, vamos andar pelos campos
não tires as estrelas dos olhos,
vou mostrar-te o mundo com os meus.

Olha os lírios do vale
vês como crescem livres?
Assim é a tua alma,
livre para voar,
para sonhar e acreditar.

Vês mais além?

Olha Deus sentado no trono da Lua.

Ele está a acenar-nos
os teus olhos brilham com as estrelas
e a tua alma inflama
porque vês com os meus olhos.

Esqueci-me de dizer-te amor,
que enquanto te guiava
também fechei os meus
com a luz do teu crer
porque quem nos conduzia
era o Espírito de Deus!

Alice Barros


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Era a menina que embalavas e me chamavas de tua.



Geme a minha alma,
geme baixinho,
mas não teme;
meto a mão direita
dentro do peito
aconchego o coração
arranco uma a uma
as flechas que o trespassam,
agora com elas na mão
ergo um estandarte e na ponta
coloco o lençol branco
das minhas lágrimas
com a paz da neve
que branqueia os teus cabelos
olho-te e vejo-te o luto
nos olhos, as rugas são
as medalhas dos anos com
que a vida te coroou
e no chão mesmo aos teus pés
caído está o xaile
que te cobria os joelhos
que me acolheram
quando era a menina
que embalavas
e me chamavas
de tua...
Olhas-me, dou-te
a beber o arco-íris
do meu sorriso,
dos teus olhos
brotam agora chamas
de todas as cores,
cheia de fôlego
ainda te sobram forças
para me ninares e sossegares,
vai passar, vai passar...
Palavras mágicas, Avózinha...


Alice Barros


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Lágrimas




Caiem folhas do outono
dos meus olhos,
amarelecidas pelas células,
que secas me olham,
choro o outono
desta vida que cai,
cai lentamente,
bem devagarinho,
esperando as rajadas de vento
para me açoitarem o pensamento,
é como uma chuva que limpa
e revigora as células
que amareleceram
pálidas, secas, sem vida
são as folhas do meu outono,
que caiem e clamam por vida.


Alice Barros


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Do desgosto ao crescimento!






Os germes,

do nosso crescimento
como desgostos sucessivos
da nossa existência,
conhecê-los na pele
é aceitar crescer.

Ousar,

ser diferente
depois de ter sido
rejeitado, humilhado
e maltratado.

Encontrar,

o melhor
de nós, nas separações,
perdas e abandonos.

Enfrentar,

existindo por inteiro,
no presente, num frente a frente
construtivo com o outro
depois de passada a solidão,
angústia e desespero.

Atingindo,

a liberdade e autonomia,
suportando renúncias e privações.


Ter,

de renunciar a situações adquiridas,
a convicções e a certezas
é frequente acontecer.

Saber,

gerir com excelência
o aglomerado de desejos
que possuímos.

Cabendo,

apenas a cada um de nós
encontrar a distância ideal,
entre o outro e nós.

Tendo,

a vida como uma sucessão
de nascimentos.


Alice Barros




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