Busco-te com as mãos cheias
de amores perfeitos,
lembras-te de como eras diferente
de todas as meninas,
nos presentes que querias?
Os presentes que mais te cativavam
e faziam sorrir eram as flores,
com que te presenteava,
algumas eram colhidas pelo caminho
em qualquer jardim,
outras vinham acompanhadas de cartôes
repletos de amor
e "coisas de felicidade".
Foi assim que sempre percorremos
as alamedas da vida,
a sorrir a brincar e a sentir!
Lembro-me das vezes que caías
e o meu coração sangrava,
porque ficavas inconsolável.
A minha bébézita é uma bonequinha
muito pequenina e muito fofinha(...)
Era assim que te cantava
e o mais incrível
era que logo te aninhavas
ainda a soluçar e entre gemidos
e suspiros te embalava
e logo te acalmavas...
O que mais me fazia feliz,
era que havia uma fonte que brotava
do meu para o teu coração
e do teu para o meu,
ligados com tubos reluzentes
enfeitados com saber querer
e querer bem...
O sangue bombeava e o amor jorrava
como o tic-tac de um relógio...
O amor sempre foi vivido de forma
profunda e feliz sem cadeias nem amarras,
era livre mas sempre genuíno...
Sempre te vi delirante e feliz
a correr para os meus braços.
Houveram aqueles momentos
em que não te podia tocar,
estava doente na cama do hospital,
foram anos ali vividos,
sofremos tanto meu amor,
mas a minha maior dor,
não era a minha era a tua,
porque estava ali
sem nos podermos tocar
mas estavas lá comigo sempre.
Esborrachavas o nariz e choravas,
parecia que querias passar
através daquele vidro
que tantas vezes ameaçavas
com batidas e murros
porque não me conseguias tocar
e saltar para dentro de mim
para te aninhares no meu colo...
E as muitas canções que inventava
em melodias gostosas
que brotavam do coração
como pedras preciosas?
Foi com elas que adornei
o teu corpinho frágil
que ia crescendo feliz
vivendo aquilo que te podia dar,
o mais valioso de mim,
o amor que nutro por ti.
Lembras-te dos desenhos que me fazias?
Ainda os tenho numa caixinha
que chamo de a caixinha do tesouro!
O teu cheiro, sinto-o em mim,
as batidas do teu coração
sinto-as no meu
sei quando estás bem
e sinto-te sem que mo digas
quando estás mal...
As perdas fizeram-te
deixar as emoções fervilhar
num caldeirão, derramam sem controle.
Sempre fiz de mãe e pai
quando ele partiu deste mundo,
uma parte de ti se foi...
Mas entendo-te meu amor,
é duro quando a morte vem
e nos rouba a vida
sem que a natureza dê o seu veredicto.
Vida roubada, choros, dores inconsoláveis...
Também estava lá e vi a minha alma
ser arrancada, mas o tempo lavou e curou,
porque Jesus estava me segurando...
Dói-me sentir-te perdida na revolta,
dói-me quando a tua voz
já não soa a melodia
e dói-me mais quando te maltratas
acariciando esses gigantes
que tomaram conta de ti.
Deixa o perdão brotar de dentro do coração
deita fora a revolta para
que a mansidão e a transformação
te aquietem e te tragam de novo
para dentro de mim, onde a melodia
não é repetitiva mas que te apagará
as marcas que ficaram gravadas em ti.
Amo-te minha vida,
és o meu bem mais precioso!
Que Deus te guarde e proteja sempre!
Mamã
Por: Alice Barros
Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Busco-te com as mãos cheias de amores perfeitos!!!
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Meu Deus! Tão forte e sentido!
ResponderEliminar:(
Tão...sem palavras!
Sinto que sou eu a escrever este post maravilhoso!
Bgda por partilhar!
É tão mãe...tão...amor!
Bgda
Besito e muita luz divina e branca...
Sua filha é linda! Os gigantes irão embora, de certeza!
outro beso