Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!
sábado, 30 de outubro de 2010
Não lhe enxergo o fim
Alimento-me de palavras,
graças a elas cresço e amo,
torno-me mais completa,
mais sólida, cheia de vida.
Para além das palavras
e dos seus mais enigmáticos
desfechos, ouço os sinais,
que prolongam em cada dia,
a aventura da minha existência,
que chega aos confins do universo.
Fico aqui a ouvir, mas mais que ouvir
escuto, o sentido da vida,
vejo a amplitude do horizonte
rasgar-se, alargando-se,
enquanto o céu cresce,
para dar espaço à possibilidade
do reencontro.
Quando olho para a estrada
vejo-a tão longa, não lhe enxergo
o fim, só apenas sei de onde parti,
e a ponte aonde quero chegar
tem a luz que carrega o ciclo
da vida, na eloquência das estações.
Alice Barros
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