Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

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sábado, 2 de abril de 2011

Parábolas de Crescimento (1)



Mateus 13:1-30,36-43


“Vamos dar uma grande festa e então, quando as pessoas vierem para se divertirem, podemos ensiná-las sobre Jesus.”

“O reino de Deus vai conseguir o domínio do mundo quando Jesus voltar e conduzir seus exércitos contra as forças do mal de Gogue e Magogue (Rússia e China),”

“Como pode Jesus estar reinando hoje em dia quando há tantas pessoas más no mundo?”

Tais afirmações revelam mal-entendidos sobre o reino de Deus, que existe hoje assim como existia no primeiro século. O ensinamento de Jesus em Mateus 13 é o remédio certo para esses erros do presente como daquele tempo.

A parábola dos solos

Alfred Edersheim afirma que não é difícil imaginar Jesus numa ensolarada manhã de primavera, “sentado na proa de um barco, enquanto aponta aos seus ouvintes a rica planície em frente, onde o trigo novo, ainda no primeiro estágio de seu crescimento, está prometendo colheita.” (Life and Times of Jesus the Messiah, livro 3, página 586).

A partir dessa paisagem verde, Jesus falou da semente caindo em quatro tipos de terra: na beira da estrada, rochosa, espinhosa e boa. Cada solo representa um tipo diferente de pessoa e sua reação à palavra de Deus. W. F. Adeney descreve aqueles da beira da estrada, solo rochoso e com espinhos, como pessoas que respondem ao evangelho com indiferença, fervor sentimental e mundanismo sufocante (Pulpit Commentary, 26). O solo bom representa aqueles que aceitam a palavra e produzem quantidades variadas de frutos.

Aplicações

ŒA natureza espiritual do reino. A extensão do reino não depende de conquistas políticas ou militares no Oriente Médio, ou em qualquer outra parte do mundo, mas da simples aceitação da palavra de Deus em corações bons e honestos de todo lugar. Aqueles que querem notícias sobre o reino de Deus devem consultar suas Bíblias e os relatos dos pregadores do evangelho espalhados pelo mundo e não as informações da mídia sobre o Oriente Médio.

A semente (a palavra, Lucas 8:11) é suficiente para converter aqueles do “solo bom.” Esforços para ganhar “convertidos” com festas patrocinadas pela igreja, aulas de inglês, atividades esportivas, pintura de casas, etc., revelam uma obsessão doentia pelo crescimento numérico. Enquanto mostramos amor a todos, devemos deixar claro que nossos esforços de evangelização se focalizam na verdadeira semente, a palavra de Deus. Táticas de chamariz, isto é, usar algo como isca, e depois substituí-lo por outra coisa, são meios nunca apreciados, seja quando envolvem vendas de automóveis ou a pregação do evangelho!

A Parábola do Joio

A palavra de Deus e a influência dos fiéis não são as únicas sementes lançadas no mundo. Na parábola do joio, Jesus indica que não devemos surpreender-nos com a existência do mal, mas confiar em Deus para eliminar esse mal na colheita final. Essa parábola envolve um inimigo (representando Satanás) que semeia joio (um tipo de grama com sementes venenosas) num campo de trigo. O joio (representando o povo mau e sua má influência) é deixado crescer pelo proprietário do campo junto com o trigo, mas será separado e queimado na colheita.

Alguns têm aplicado mal essa parábola à disciplina da igreja, mas não tem nada a ver com a disciplina coletiva. Jesus disse que o campo representa o mundo (versículo 38), e não a igreja local. Outras passagens (1 Coríntios 5; 2 Tessalonicenses 3) ensinam que a congregação deve separar-se dos membros rebeldes.

A verdadeira aplicação

Œ O reino existe e floresce apesar da presença do mal. Aqueles que se queixam de que o reino não poderia existir agora, por causa da presença do mal em nosso mundo, se esquecem do ensinamento dessa parábola simples. Outros textos, tais como Salmo 110:2, retratam o Messias reinando no meio de seus inimigos. I Coríntios 15:25 afirma que Cristo reinará “até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés”. A aceitação do governo de Cristo ajuda-nos a brilhar como luzes no meio de uma geração desonesta e perversa (Filipenses 2:15).

 Não devemos tentar remover o mal por meio da força. Nossas armas não são carnais (2 Coríntios 10:4). Não há lugar, no Novo Testamento, para guerras “santas” ou até mesmo guerras políticas. Os cristãos podem combater melhor o mal com vidas puras e com a proclamação em amor do evangelho.

îŽ Haverá condenação eterna para os ímpios. Ainda que o caminho dos transgressores seja duro neste mundo, sua destruição final será no fim do tempo e nas justas mãos de Deus.


por Gardner Hall

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