Vozes que sangram!
Estilhaçou-se o poeta no ar
de rubro se vestiu o dia
enquanto seu sangue vertia.
Choravam as árvores
e as lágrimas com sangue se misturavam
e em partículas de agonia
do livro que já não tinha mais espaço
e nunca mais acabava.
Surge um tubarão do nada
e leva a gaivota refém
e de uma mastigada
come tudo de rajada,
com as asas ainda pendentes
nas mandíbulas,
olha para o céu,
querendo tragar
as inocentes que ainda voavam,
e num universo, aonde há presas
e caçadores, ainda se fazem reféns
e inocentes gritam
pela justiça, amordaçados
pelos temporais
que abrigam dentro de si
porque do lado de fora
ninguém os vê!!!
Por: Alice Barros
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