Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!

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sábado, 25 de setembro de 2010

Esculpido pelo artesão do amor!






Foi assim tão de repente,
como se lhe atirassem um sorriso da lua
desenhado pelas mãos do Criador!

Esculpido pelo artesão do amor
pelas madrugadas celestiais
o sorriso despertou-a.

O primeiro carregava o universo,
os seguintes iluminavam-lhe o rosto
em forma de verso e acordavam-na
da realidade, conduzindo-a ao sonho
inebriando-a num sorriso glorioso.

O amor brotava aguçava-se a cada sorriso
que ia e vinha e já não ouvia mais o mundo,
tinha uma doce e maravilhosa sintonia,
já não conseguia controlar o sorriso
sem que todo o seu corpo vibrasse.

A balada de amor que embalava o sorriso
era tão intensa que senti-la a cada
esboçar de lábios, não bastava, beijava.

Era preciso deixar que o sorriso
invadisse todos os seus poros
até que ela sentisse a melodia
do amor na sua boca...

Quis ver o sorriso, mas os olhos
fechavam-se pela luz que deles irradiava,
viu então que os seus lábios bailavam.

Os sorrisos cheiram a sonhos,
e os sonhos têm o sabor e os cheiros
que lhes damos, nesta dança
inventamos doces fragrâncias...

Encheu o ar de perfume de rosas
o sorriso enlaçou-lhe o olhar.

Era ele quem ela amava, era ele
que lhe sorria numa madrugada fria,
ela que sempre fora par solitário
dos sorrisos dele.

Ele dançava agora mesmo, sozinho
sentou-se e quando pegou no papel
desenhou nele os lábios dela
e foi contornando os seus lábios
e desenhava a sua boca que sempre sorria
e dos seus olhos caía agora uma chuva
miudinha de tanto sorriso sentir-se ser...

Alice Barros


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