Elevo os meus olhos para o céu , de onde vem o meu socorro!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Jorras como o mel diante dos meus olhos
Vida!
Como te fazes querida,
como te olho nos olhos e te desejo nos dias
da tua despedida.
Não me traias neste relógio
em que o tempo se adivinha cruel
Atrasa todos os ponteiros
e fecha as portas do céu.
Ah vida!
Jorras como o mel diante dos meus olhos
como faço sem te respirar
neste quadro que me aprisiona
o teu doce serpentear?
Vida!
Minha preciosa vida,
que dos instantes te elevo pontes
que da serenidade ainda na tenra idade
me concedes a paz que derrama aos montes.
Vida!
Ah! Como te sinto o batuque a anunciar
chegadas e despedidas, nascimentos e partidas
todos os dias me fazes amar
nestas esperas tão significativas.
Vida!
Corres diante dos meus olhos,
acolhes-me com alegria
refazes o meu viver
derramas no meu querer a fé aos molhos
e da tristeza me cantas a melodia
de amar e saber ser, vida.
Alice Barros
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